Quando orardes, não useis muitas palavras,
como fazem os pagãos. Eles pensam que serão
ouvidos por força das muitas palavras.
Não sejais como eles pois o vosso Pai sabe
do que precisais, antes de vós o pedirdes (Mt 6,7-8).
Atualmente vivemos num mundo repleto de sons, ruídos, barulhos que muitas vezes prejudicam a nossa saúde. Estamos nos tornando pessoas com dificuldades de escutar atentamente e absorver o que ouvimos, pois falamos mais do que deveríamos ouvir... E como se consegue fazer uma oração com essa poluição sonora toda?
Somos convidados a silenciar para nos abandonar nas mãos de Deus e gritar nosso clamor, é um grito silencioso, pois é no silêncio profundo do coração que Deus nos fala. Colocar-se em oração é antes de tudo ficar numa atitude contemplativa, de silêncio, ouvindo com o coração o que Deus tem a nos dizer. Nesta experiência de oração, não devemos ter medo de fazer silêncio interior e exterior. É importante silenciar para ouvir e absorver. Quanto mais fizermos esse exercício, mais vontade de escutar a Deus teremos.
No evangelho de Mateus, Jesus nos indica que a oração é antes de tudo, silêncio, não é necessário muitas palavras para que ela seja autêntica, pois o excesso é sinal de que a oração não está sendo uma escuta de Deus, mas sim de si mesmo.
Quando perdemos o silêncio durante a oração, caímos com facilidade no caminho da superficialidade, pois há um esvaziamento de finalidade primeira que é a escuta de Deus, que fala continuamente.
A oração nos convida ao silêncio e à harmonia interna. Quanto mais silenciamos nosso ser, mais abertura damos a Deus para entrar em nossa vida. Que a nossa escuta seja como a de Samuel: “Fala, Senhor, teu servo escuta” (1 Sm 3,9).
Ao orar, não tenhamos medo de silenciar para ouvir os apelos de Deus dirigidos ao mais intimo de nos mesmos.
Para Refletir:
1. Como você tem silenciado para escutar os apelos de Deus tem lhe feito?
2. O que mais lhe parece difícil em uma experiência de silencio na oração?
3. Como você tem escutado a fala de Deus em sua vida?
Texto com adaptações:
Livro: Beber da fonte da Oração
Marcos Antonio do Santos, CRL - Paulinas 2005
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