sexta-feira, 29 de junho de 2018

Convocadas para uma missão

Do sonho de Padre Serra e Madre Antonia nasceu a missão das Irmãs Oblatas. Uma história de entrega, acolhida, misericórdia e solidariedade, na luta pela Humanização e Libertação da Mulher em Situação de Prostituição.

O peculiar da Missão Oblata na Igreja, supõe também um carisma e um espírito próprio. Não seria realizável sem eles. E verdade que este espírito não pode ser outra coisa senão uma concretização do seguimento de Cristo, dos ideais do Evangelho e da vida religiosa em geral. No entanto, o carisma que os fundadores e o Instituto receberam, conferiu–lhes uma marca especial que nos permite identificar este instituto quando for fiel a si próprio.

As Irmãs Oblatas são mulheres disponíveis à ação do Espírito e convocadas por Jesus para uma missão desde cada realidade concreta para compartilhar a Boa Notícia do Evangelho com as mulheres que se encontram em contexto de prostituição.


Vocação é um chamado para amar.
Missão é a concretude do amor.

“Jovens, não tenhais medo de escutar o Espírito 
que vos sugere escolhas audazes, não demoreis quando 
a consciência vos pede para arriscar e seguir o mestre.” 
Papa Francisco.





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quarta-feira, 27 de junho de 2018

Vida e missão de Antonia – Pedagogia da missão

A missão supõe uma mística, um espírito e deve projetar-se em realizações práticas que levem à libertação integral das mulheres. Isto quer dizer que precisamos de um método, uma pedagogia. Uma pedagogia que se autentica, partindo da realidade da mulher e da mística que nos aproxima dela.

O fundamento, a base do sistema pedagógico da Congregação na visão de Antonia, é o amor. Amor que se exprime num profundo respeito e aceitação da realidade e da vida das mulheres em situação de prostituição.

     "Que as Oblatas sejam Oblatas: que amem as mulheres, que se acostumem a andar e aprendam a lidar com elas, que saibam ter paciência - mas não essa paciência fria, gelada,  que nada adianta para elas, mas uma paciência doce, amorosa, piedosa; uma paciência na qual elas percebam que há amor à Deus e às suas almas. Que, ao mesmo tempo em que sejam pacientes, sejam firmes - mas de uma firmeza ponderada. Que digam: “Isto não pode ser, não se deve fazer isto, e não se deve fazer porque não é bom e ofende a Deus, e eu não posso transigir com o mal. A mim, podem me fazer o ultraje que quiserem; mereço ainda mais, mas não permito que Deus seja ultrajado em nenhum lugar e menos ainda em sua casa”. Estas e outras palavras. Que elas vejam que não são repreendidas por raiva, nem pôr zanga, mas tão somente em função do dever e para o seu bem.

    Que as Oblatas não castiguem nunca, pois para isso é preciso prestígio. Que repreendam e repreendam com bondade e carinho, nunca com aborrecimento nem enfado, o castigo assim dado pode promover outra culpa às vezes ainda pior do que a primeira e, em virtude da coisa mais fácil de dissimular no princípio, segue-se, pôr um castigo dado no momento da repreensão, uma série de culpas mais e mais graves.

       Acostume, pois, não apenas na teoria, mas também na prática, que nós não somos religiosas que temos moças, somos mães e mestras das moças e, para realizar santamente esse ofício somos religiosas.

     Sempre devemos levar em conta, para não errar, o tipo de moças que temos: gente abandonada, indócil, acostumada a não ter outra lei senão a sua vontade, outro alimento senão aquele que querem outra preocupação senão a de seguir seus desejos, outro jugo senão o de suas paixões e do gozo desenfreado dos prazeres da vida à custa de sua honra e de sua saúde. E quando às vezes uma decepção e outras um sermão, quase sempre uma doença dolorosa, as animam a receber o raio de luz e com esforço heroico quebram os grilhões que as unem ao mundo e vêm nos procurar... É então que começa a luta: as más paixões rebelam-se contra o jugo, o inimigo grita a seus ouvidos de modo a impedir de escutar a voz do anjo bom, e a pobre Oblata tem que ser a coadjutora do anjo... E como anjo comportar-se. Sim, como anjo, porque as moças, que não veem seus próprios defeitos, têm olhos de lince para descobrir os defeitos das irmãs e, mesmo que se calem, na primeira ocasião que se lhes apresenta, com todo atrevimento o lançam ao rosto como desculpa para si. E dessas moças muitas vezes se exigem mais virtude, mais silêncio, mais submissão do que das irmãs e, se elas sacodem um pouco esse jugo, castigos e mais castigos. Pouco a pouco e só pouco a pouco, e com paciência e paciência extrema, bem como extremo zelo, pode-se extrair delas o que se deseja. Elas quebraram a cadeia do vício, é certo, mas não romperam os fios que mantêm aprisionados e inutilizados os bons sentimentos com que o Senhor as dotou no santo batismo. É preciso ir cortando pouco a pouco esses fiozinhos sem ferir a parte enferma, com carinho, com heroísmo, com paciência”.

MF Cor Jerez, 1892, à Mestra de Noviças. Cópia de um impresso – com adaptações.
Fonte: Biblioteca Histórica – Origens da Congregação.




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sexta-feira, 22 de junho de 2018

Qual a nossa missão?

Descobrir a nossa missão é descobrir o nosso lugar no mundo. É perceber de que forma concreta podemos viver nossa vocação. Com relação a isto, Papa Francisco em sua Mensagem pelo 55º Dia Mundial de Oração pelas vocações, nos dá três dicas/aspectos essenciais para discernir e responder ao chamado que Deus nos faz para nos entregarmos em alguma missão. 

“Estes três aspetos são: 1- Escuta; 2; Discernimento; 3- vida, que servem de moldura também ao início da missão de Jesus: passados os quarenta dias de oração e luta no deserto, visita a sua sinagoga de Nazaré e, aqui, põe-Se à escuta da Palavra, discerne o conteúdo da missão que o Pai Lhe confia e anuncia que veio realizá-la «hoje» (cf. Lc 4, 16-21).

Trecho da Mensagem do Papa Francisco para o 55º
Dia Mundial de Oração pelas Vocações (22 de abril de 2018)

Escutar
A chamada do Senhor – fique claro desde já – não possui a evidência própria de uma das muitas coisas que podemos ouvir, ver ou tocar na nossa experiência diária. Deus vem de forma silenciosa e discreta, sem Se impor à nossa liberdade. Assim pode acontecer que a sua voz fique sufocada pelas muitas inquietações e solicitações que ocupam a nossa mente e o nosso coração. Por isso, é preciso preparar-se para uma escuta profunda da sua Palavra e da vida, prestar atenção aos próprios detalhes do nosso dia-a-dia, aprender a ler os acontecimentos com os olhos da fé e manter-se aberto às surpresas do Espírito.

Não poderemos descobrir a chamada especial e pessoal que Deus pensou para nós, se ficarmos fechados em nós mesmos, nos nossos hábitos e na apatia de quem desperdiça a sua vida no círculo restrito do próprio eu, perdendo a oportunidade de sonhar em grande e tornar-se protagonista daquela história única e original que Deus quer escrever conosco.

Discernir
Na sinagoga de Nazaré, ao ler a passagem do profeta Isaías, Jesus discerne o conteúdo da missão para a qual foi enviado e apresenta-o aos que esperavam o Messias: «O Espírito do Senhor está sobre Mim; porque Me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-Me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar o ano favorável da parte do Senhor» (Lc 4, 18-19).

De igual modo, cada um de nós só pode descobrir a sua própria vocação através do discernimento espiritual, um «processo pelo qual a pessoa, em diálogo com o Senhor e na escuta da voz do Espírito, chega a fazer as opções fundamentais, a começar pela do seu estado da vida» (Sínodo dos Bispos – XV Assembleia Geral Ordinária, Os jovens, a fé e o discernimento vocacional, II.2).

Em particular, descobrimos que a vocação cristã tem sempre uma dimensão profética. Como nos atesta a Escritura, os profetas são enviados ao povo, em situações de grande precariedade material e de crise espiritual e moral, para lhe comunicar em nome de Deus palavras de conversão, esperança e consolação. Como um vento que levanta o pó, o profeta perturba a falsa tranquilidade da consciência que esqueceu a Palavra do Senhor, discerne os acontecimentos à luz da promessa de Deus e ajuda o povo a vislumbrar, nas trevas da história, os sinais duma aurora.

Viver
Por último, Jesus anuncia a novidade da hora presente, que entusiasmará a muitos e endurecerá a outros: cumpriu-se o tempo, sendo Ele o Messias anunciado por Isaías, ungido para libertar os cativos, devolver a vista aos cegos e proclamar o amor misericordioso de Deus a toda a criatura. Precisamente «cumpriu-se hoje – afirma Jesus – esta passagem da Escritura que acabais de ouvir» (Lc 4, 20).

A alegria do Evangelho, que nos abre ao encontro com Deus e os irmãos, não pode esperar pelas nossas lentidões e preguiças; não nos toca, se ficarmos debruçados à janela, com a desculpa de continuar à espera dum tempo favorável; nem se cumpre para nós, se hoje mesmo não abraçarmos o risco duma escolha. A vocação é hoje! A missão cristã é para o momento presente! E cada um de nós é chamado – à vida laical no matrimônio, à vida sacerdotal no ministério ordenado, ou à vida de especial consagração – para se tornar testemunha do Senhor, aqui e agora.

Realmente este «hoje» proclamado por Jesus assegura-nos que Deus continua a «descer» para salvar esta nossa humanidade e fazer-nos participantes da sua missão. O Senhor continua ainda a chamar para viver com Ele e segui-Lo numa particular relação de proximidade ao seu serviço direto. E, se fizer intuir que nos chama a consagrar-nos totalmente ao seu Reino, não devemos ter medo. É belo – e uma graça grande – estar inteiramente e para sempre consagrados a Deus e ao serviço dos irmãos!

O Senhor continua hoje a chamar para O seguir. Não temos de esperar que sejamos perfeitos para dar como resposta o nosso generoso «eis-me aqui», nem assustar-nos com as nossas limitações e pecados, mas acolher a voz do Senhor com coração aberto. Escutá-la, discernir a nossa missão pessoal na Igreja e no mundo e, finalmente, vivê-la no «hoje» que Deus nos concede.


Ir. Luiza Pralon, OSR.
Fonte: Vatican News


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quarta-feira, 20 de junho de 2018

Vida e missão de Madre Antonia - O Nome Misericórdia

Antonia M de Oviedo e Schöntal, quando se tornou fundadora, tomou o nome de Misericórdia, assumindo como sua tarefa: a de resgatar a mulher caída. Ela não poderia encontrar um nome que se harmonizasse melhor com ela. Assim, como o nome na História da Salvação sustenta o ser e a missão de quem o carrega, Antonia também, ao adotar a da Misericórdia, identifica-se com seu significado íntimo, porque era a misericórdia seu modo; era seu elemento; era ela misericórdia de nome e em seu âmago.
Em Antonia, a misericórdia não era o silêncio covarde e cômodo em ocasiões que é preciso falar; isso, em outras palavras, se chama claudicação. Ela falava e corrigia, mas com misericórdia, que é mais que com mansidão; unia tudo isto que é tão difícil reunir: mansidão, carinho, sinceridade e firmeza, em partes iguais, tendo substância de caridade como excipiente.

Nesta nova escolha, ela descobre-se portadora do dom de amor e enviada à missão de salvar “o que se havia perdido”. Misericórdia é um amor que salva. Amor incorporado na necessidade de salvação. E quando o amante se debruça sobre o amado carregado de miséria, não pode haver outra forma de relacionamento salvífico além do "amor misericordioso". Tal é a presença encarnada do Deus-Amor entre as pessoas. O próprio homem, feito em tudo igual ao ser humano, menos em pecado, assume a miséria da pessoa para libertá-lo pela força de seu amor misericordioso.

Fonte: A venerável M Antonia – A pedagogia do amor.


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sexta-feira, 15 de junho de 2018

Jesus, o desafio da liberdade!

O Evangelho de Marcos (1,21-28), continua apresentando-nos Jesus no primeiro dia da proclamação da Boa Nova. Ele se encontra na sinagoga em Cafarnaum e nesse dia prega a Palavra de Deus que foi lida e escutada. Mas sua pregação é diferente: desmascara a malignidade de tudo o que desumaniza a vida das pessoas e impede-lhes de ser feliz. Ensina e atua com autoridade fundamentada no poder liberador de Deus.

A missão de Jesus é libertar os oprimidos e escravizados pelo poder do mal. Baseado na Palavra, Jesus ensina com autoridade e realiza aquilo que ele está proclamando: liberar as pessoas de qualquer forma de escravidão, abrir suas consciências para que não se deixem oprimir.

Marcos não diz qual era o ensinamento de Jesus. Ele menciona-o junto com uma curação e sugere assim que o ensinamento com autoridade repouse numa prática concreta de libertação. Os próprios fatos que Jesus realizava eram seu ensinamento. 

O povo simples e geralmente marginalizado pela sua condição de impureza é quem primeiro o reconhece e busca seu ensino.

“Mais daquilo que ele falava o que impactava era esse poder de suas ações em favor da vida e contra o mal que esmaga o homem. A presença de Jesus privava o homem de toda força. Essa era a clave de sua autoridade: ele não tinha estudos, nem credenciais ou graduações que o autorizavam, mas quando ele falava alguma coisa acontecia em favor dos que sofrem”.

Jesus está na sinagoga, no dia de sábado. E nesse espaço é data sagrada para um judeu realizar seu ensinamento expulsando os espíritos imundos que o reconhecem como representante de Deus. Agora, bem, esta proposta de Jesus provoca admiração naqueles que ficam maravilhados de sua autoridade de liberar e curar as pessoas e, por outro lado, encontra-se com uma forte oposição. Esta oposição está representada pelos escribas, colocados no mesmo caráter que os escribas: ambos são inimigos de Jesus.

“A primeira ação publicada de Jesus é também uma ação programática de purificar a Casa de Deus e libertar as pessoas de tudo que as aliena e desumaniza”. (Wenzel, João Inácio)

Os escribas e fariseus são incomodados pelas suas palavras e autoridade de Jesus que é reconhecida pelo povo simples que sente nascer em Jesus uma nova esperança de vida e liberdade.

Jesus nos convida a ser junto com ele pessoas que gerem vida, sem permitir que os diferentes tipos de escravidão continuem oprimindo as pessoas que caminham ao nosso lado. Participar de sua convicção de ter uma missão e ser responsável de uma causa que é a causa do Pai.

Texto de Ana Maria Casarotti com adaptações.



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quarta-feira, 13 de junho de 2018

Vida e missão de Madre Antonia - Consagrada para Oblata se tornar

Antonia preparou-se para esse momento privilegiado em total abertura à graça e descobriu que esta lhe exigia despojamento absoluto de si mesma para tronar-se acolhida, disponibilidade plena, misericórdia, e assim mudou o nome. A partir de agora, chamar-se à Antonia Maria da Misericórdia.

No dia 2 de fevereiro de 1870, de modo simples, sem cerimonia, mas repleta de celestial alegria, Antonia finalmente realizava seu sonho de viver inteiramente e integralmente ao Senhor. Com o nome de Antonia Maria da Misericórdia, vestia o pobre e simples habito religioso de cor cinza. Assim, em total simplicidade, nascia a Congregação das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor. Nem mesmo Padre Serra pôde estar presente. Ele participava em Roma, do concilio Vaticano I. 

Depois em 25 de março de 1873 Antonia fez a profissão religiosa diante o bispo Serra e rodeada por um grupo de moças que tinham vivido a experiência da prostituição, ela consagrou a vida a Jesus Cristo para continuar “na Igreja sua obra redentora em favor da mulher marginalizada e mais necessitada de proteção humana e espiritual”. 

Fonte: M Antonia Maria da Misericórdia – oblação e serviço a mais pobres.


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sexta-feira, 8 de junho de 2018

Maria: Mãe e missionária do Pai com Jesus

Maria é missionária por vários fatores, mas ela é acima de tudo missionária porque nela se realiza e se gesta o transbordamento do amor de Deus, Jesus Cristo.

Maria está sempre envolta dessa presença do mistério divino, desde o seu SIM, pelo qual tornou-se a mãe do Salvador (Lc 1, 26-38) até o seu SIM dolorido e sofrido aos pés da cruz de Jesus (Jo 19, 25-27). Ela se torna filha bendita por meio do amado Filho! Reconhecemos em Maria o autêntico itinerário que cada batizado deve trilhar para viver como missionário.

A Virgem Maria nos ensina a ter fé. Ela conservava no coração tudo o que ouvia e via, e por isso foi feliz, porque acreditou. Ela acolheu o Verbo encarnado em seu ventre e a partir de então passou a realizar a peregrinação da fé, seguindo o seu Filho. Ela não permaneceu alheia e indiferente ao amor e a presença de Deus em sua vida, mas se envolveu e deixou-se cativar pelo mistério de amor de Deus.

Invocando-a sob vários títulos, ela vem ao socorro de toda a humanidade nas mais variadas situações e perigos. Nela a Igreja se reconhece também como Mãe, disposta a ir aonde Cristo quer que o amor de Deus alcance. Maria é a primeira evangelizada (Lc 1, 26-38) e a primeira evangelizadora (Lc 1, 39-56).

“Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). Os missionários, ou seja, todos os batizados, que gastam a sua vida à frente dos campos de missão ou no dia-a-dia do seu trabalho, da vida familiar e das ações eclesiais encontram em Maria o modelo perfeito de dedicação e fidelidade, pois ela se consagrou totalmente como Serva do Senhor.


Texto de: Pe. Helder José, C.Ss.R - com adaptações.
Fonte: A12.com



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quarta-feira, 6 de junho de 2018

Vida e missão de Madre Antonia - Um recomeço

Em sua vida, Antonia passou por vários momentos difíceis, e com muita fé se entregou a providência Divina, que sempre se fez presente. 

Em 1868, Antonia elaborou o regulamento da Instituição, da qual emanam os objetivos da mesma: “recuperar a dimensão humana das moças acolhidas, ajudá-las a encontrar-se com Deus e reincorpora-las à sociedade, se assim for o seu desejo.” Tudo parecia ir de vento em poupa, quando foi preciso recomeçar quase do zero. No dia 4 de março de 1869, um incêndio, originado nas proximidades do asilo, que num quarto de hora, arrasou a Igreja e parte da casa; adiando sonhos e planos... Outra vez recomeçar.

As coisas não foram fáceis. Padre Serra disse numa carta a Antonia: “Seja valorosa e não desanime por coisa alguma neste mundo. Está é a Obra de Deus, nós trabalhamos pela salvação das almas... Não temo nada, exceto o seu desalento. Perdoe-me! Confio que a senhora nunca me decepcionará.”. 

Novamente a esperança coloca Antonia a prova, bem como a resposta generosa dos amigos incondicionais. Antonia escreve: “De Deus era o asilo e Deus o tomou para si; bendito seja seu Santo Nome e adorável a sua vontade”. “Dissemos: levantemos a casa de Deus e quando o tivermos a Ele conosco tudo se tornará mais fácil para nós.”

Desta vez a solidão de Antonia durou pouco tempo. Diante da desgraça do incêndio, um grupo de amigas correu a ajuda-la. Uma delas, Trindad Carreño, decidiu permanecer a seu lado. Juntas, iniciaram a nova aventura do Espirito em pobreza e oração. 

Fonte: M Antonia Maria da Misericórdia – oblação e serviço a mais pobres.



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