segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
Missão Oblata: Uma Pedagogia de Amor e Justiça Social.
Considera-se Justiça Social a soberania em que todos/as os indivíduos da sociedade têm reconhecido seus direitos e deveres como cidadãos. Falamos da necessidade de Justiça Social onde se apresenta a desigualdade social. A missão Oblata, fundamentada em alicerce evangélico e humanitário, é a manifestação profética do evangelho da justiça, da libertação e da paz.
Na Espanha, no século XIX, em pleno apogeu da Revolução Industrial, estava acontecendo muitas transformações sociais, crises econômicas e políticas. Foi nesse cenário conturbado que Padre Serra e Madre Antonia viveram. Só por terem vivido com intensidade esse momento histórico e por estar atent@s aos “sinais do tempo” é que @s fundadores do Instituto das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor, em atitude de humanidade e misericórdia escutaram o apelo do Deus libertador, que clama na mulher pobre, desassistida, negligenciada, respondem sim e iniciam o trabalho com mulheres em situação de prostituição.
Como Pe. Serra e Madre Antonia, acreditamos numa espiritualidade profética, que José Antonio Pagola vai classificar através de três ações: Presença alternativa, Indignação profética e abertura de esperança.
Como cristãos, nos inspiramos em Jesus, que como ressalta Pagola, luta pela justiça social sendo presença alternativa num contexto patriarcal, de exploração e de morte. Procuramos ver a realidade social não como algo dado, normal, assumindo uma postura conformista. A proposta libertadora visa questionar as ideologias, as normas, as leis que não estão em favor da vida. Nosso trabalho é movido pela esperança. Acreditamos na construção de um mundo melhor, mais justo, solidário e humano.
Uma das linhas de ação de trabalho das irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor é a Missão Profética. A qual prevê ANUNCIAR a vida plena que todo ser humano - mulher e homem - foram chamados a viver, e para isso, temos o compromisso de DENUNCIAR todo tipo de exploração, injustiça e morte. Dessa forma, nosso objetivo no trabalho com as mulheres que estão em contexto de prostituição tende de forma mais geral incidir em dois âmbitos:
Com a própria mulher: contribuir para a melhoria das condições de vida, cidadania, autonomia, autoestima, o empoderamento;
Com a sociedade: sensibilizar o poder público, as universidades, as igrejas e toda a sociedade sobre as situações de injustiça social, violência, desigualdade de gênero e exploração econômica que afetam as mulheres.
A pedagogia de trabalho com a as mulheres que se encontram em contexto de prostituição é o amor. Amor que se preocupa com a/o outra/o. Amor Redentor “parente próximo”. Amor humanitário. Amor universal.
Amor que ver além do estigma: ver, sente e toca a mulher como ser humano, digna de respeito, nossa irmã, nossa companheira. Enxerga na mulher suas potencialidades, protagonismo, resiliência, capacidade de participação e partilha.
Conceber a mulher como “coitadinhas” que precisam ser salvas, não corresponde ao que acreditamos ser realmente a mulher, uma vez que estamos no mesmo barco. O amor cristão antes de ser religioso é humanista. Nós não somos a voz da mulher, uma vez que elas tem voz e precisa ser despertada, esse despertar sim é nossa missão. E despertamos juntas. Pe. Serra se solidarizou com as mulheres enfermas no porão do Hospital São João de Deus. Acredito que não só a mulher vivencia a trágica realidade de descer “aos porões” do hospital, mas também o Pe. Serra quando decide ir atender as mulheres. Nós, Família Oblata, não levantamos a mulher, mas nos reerguemos juntas/os com cada mulher que se encontra nos porões da existência. E por isso acreditamos e batalhamos pela Justiça Social. Na certeza de que enquanto existir uma única mulher violentada em algum cantinho desse imenso mundo, não existirá uma humanidade plena entre os seres humanos.
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José Antônio Pagola é um sacerdote católico,
nascido em 1937, em Añorga. Estudou Teologia e Ciências Bíblicas na Pontifícia
Universidade Gregoriana em Roma, no Instituto Bíblico Romano e na École
Biblique de Jerusalém
Lucinete Santos
(Educadora Social – Projeto Oblata Diálogos Pela Liberdade – BH).
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
sábado, 11 de fevereiro de 2017
A Vida Religiosa e o desafio do tempo presente
Alguém disse certa vez que os consagrados e consagradas devem levar em uma de suas mãos a Bíblia e, na outra, um jornal. Retirando os possíveis exageros, essa afirmação-talvez atualizada com a inclusão das mídias digitais - alude a uma questão fundamental: consagrados e consagradas são chamados a testemunhar o Evangelho no tempo presente. Pode parecer algo óbvio fazer esta afirmação mas, muitas vezes, a vida consagrada pode sofrer a tentação de se refugiar num passado fictício de seguranças e ritos que pouco ou nada se comunica com a atualidade, numa esquizofrênica negação do hoje, num infecundo anacronismo de saudades de coisas jamais vividas.
Diante dos desafios que se colocam a todo tempo, cabe aos consagrados buscar um discernimento capaz de atualizar o Evangelho nos dias atuais. Cada época possui suas urgências, alegrias e tristezas. Não escolhemos o tempo em que vivemos, mas somos convidados a fecundá-lo com a esperança que brota da mensagem evangélica. Em sentido cristão, o presente é sempre o tempo pleno, o tempo da Salvação, o tempo propício para a conversão, o kairós de Deus que "engravida" a história e aponta o real sentido do mistério de viver.
Na história da vida consagrada conhecemos inúmeros exemplos de homens e mulheres, fundadores ou reformadores, que tiveram o olhar aguçado para ler seu próprio tempo e para apontar corajosas iniciativas para tornar mais visível a presença de Deus na história. Liam o presente, traduziam o Evangelho e apontavam para o futuro como profetas do hoje e sentinelas do amanhã. O grande risco que sempre ronda a vida consagrada é o de contentar-se em narrar prodígios do passado, vidas de santos, desafios já superados e esquecer-se de seu real significado no aqui e agora, ou seja, esquecer que deve ser tradutora do Evangelho para o mundo atual. Esse excesso pode gerar um culto a epopeias do passado. Em outro extremo, a negação do presente pode se dar um permanente desejo de um futuro que virá, lido positivamente ou catastroficamente. Nesse caso, o presente dá lugar ao culto imaginativo do tempo que virá.
Hoje, cabe aos consagrados lembrarem aos mundo e a toda Igreja a presença sempiterna de um Deus que caminha com Seu povo, que conduz a história e que sempre fecunda nosso presente.
Frei Gilson Miuel Nunes, OFM Conv.
Fonte: Revista:O Mílite
terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
Minha Vida Religiosa Consagrada Oblata - Ivoni Grando
Ser uma Irmã Oblata é uma constante construção da identidade vocacional, modelada através de uma longa história de amor e fidelidade silenciosa e dialogante com o Amigo Jesus.
Amigo, porque respeita os processos humanos. O modelar-se supõe amassar a argila com cuidado e nem sempre minha argila é maleável. Requer de tempo, de espera, de paciência e do "pouco a pouco", e algumas vezes, recomeçar de novo. Mas conto com a certeza de que sempre sou acolhida com o mesmo abraço e ternura Daquele que constrói esta história de amor.
Assim minhas raízes vão aprofundando-se na Identidade Vocacional de Irmã Oblata do Santíssimo Redentor, com novos sabores e saberes, no compromisso com a vida de outras mulheres que se encontram em contexto de prostituição e ampliando o horizonte do sentido existencial e do Reino.
Ivoni Grando Irmã Oblata há 46 anos. |
O que me dá a Razão de ser me sustenta nesta ação redentora e saber-me parte deste momento histórico da humanidade e da nossa Missão e Congregação, juntamente com os fundadores, Irmãs, mulheres e ligas/os Oblatas de ontem, de hoje e de amanhã e confiar que "Tudo posso naquele que me conforta".
Este testemunho toca seu coração?
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
147 anos da Fundação Religiosa da Congregação.
Hoje, recordamos a oblação generosa de Antonia. Em 02 de fevereiro de 1870, ela toma o hábito e se torna Madre Antonia Maria da Misericórdia, fundadora do Instituto das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor. Ela, assume a Misericórdia em seu nome religioso, devido o carisma desta obra que a tocou profundamente.
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