Antonia tinha realmente um dom especial para a educação, e esta notícia chegou ao conhecimento da corte espanhola. Aos 26 anos foi escolhida pelo embaixador espanhol, Sr. Luiz López de la Torre Aullón, que a pedido da Rainha, o encarregou de encontrar uma boa preceptora para suas filhas.
O embaixador conheceu Antonia quando era preceptora na casa dos marqueses de La Romana e ouvira falar muito bem dela na Suíça, assim como, elogios também em Friburgo e Lausane. Não era a primeira vez que ela recebia propostas de trabalho para ser educadora de famílias Reais, mas ela negou, pois, queria ficar com sua Mãe e tias cuidando do pensionato.
O Sr. Dom Luiz, lhe fez a proposta para ser preceptora das jovens princesas; Amparo, Milagros e Cristina. Antonia aceitou este trabalho, que pela Divina Providência era a solução para sustentar sua família de forma mais apropriada, longe das tamanhas dificuldades que a vida apresentava. E assim, Antonia assina o contrato no dia 25 de janeiro de 1848 e seguia para a Espanha.
Sua mãe a acompanhou até Genebra para despedir-se dela e dizer–lhe adeus. Esperava alegremente poder visita-la um dia em Madrid. Elas não podiam nunca imaginar que aquele seria o seu último adeus. Dona Susana falece de pneumonia enquanto Antonia estava em viagem.
Em três dias perdeu sua mãe, a mulher que mais tinha amado e que mais a amou. Chegou à corte órfã e definitivamente só. A solidão, a pobreza e o desapego a preparavam para o encontro da sua vida, para a entrega e doação total.
Fonte: Antonia de Oviedo y Shöntal, 2004.
Duas Histórias... Um único caminho, 2010.
Para uma Juventude Livre. Padre Serra e Madre Antonia, 1985.
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