No dia 03 de julho de 2014 fui surpreendida por uma carta vocacional para jovens que tinha como título: “Vem e Segue-me!”. No primeiro instante achei engraçado, pois acreditava que minha vocação já estava definida e seria o matrimônio, porém não contive a minha curiosidade e fui ler exatamente o que dizia a carta. Senti realmente que alguém estava falando comigo através daquela carta, pois em uma das frases dizia: 'Jesus precisa de você para continuar sua missão no mundo'. Me negava escutar aquela frase que ficou ressoando dentro de mim, até que um dia tive coragem e resolvi começar a fazer um acompanhamento vocacional.
Comecei por curiosidade, sem muito interesse, pois não tinha nada a perder. Realmente não tive nada a perder, só ganhei. Entre muitas fichas e alguns encontros vocacionais e partilhas, o que havia mexido comigo no primeiro contato só foi aumentando.
Quanto mais eu conhecia, mais eu queria conhecer, até que um dia percebi que precisava tomar decisões mais concretas. Foi a partir daí que cada vez mais fui me questionando e optei por uma grande decisão.
Decidi dar mais um passo em minha caminhada, pedi orientação de como proceder, e como orientado, fiz uma carta solicitando minha entrada no Aspirantado externo. Enviado o pedido, era só aguardar a resposta da Congregação. O tempo foi passando e a ansiedade aumentando, quando chegou à carta da Congregação não conseguia ver, pois meu nervosismo era tão grande que não me ajudava, até que respirei fundo e consegui ver, e não poderia ser uma resposta melhor... Era um Siiiiiimmmm. Até agora foi o melhor sim da minha vida!
Com este sim, tinha que dizer para minha família o que estava acontecendo. Já sabia que as reações não seriam as melhores, pois não acreditavam que um dia eu realmente pudesse tomar essa atitude. Mas confiava que aos poucos Deus ia agindo na vida de meus familiares para que compreendessem e não foi diferente, Deus realmente agiu.
Até que chegou o dia da minha entrada no Aspirantado externo. Foi um dia de muita alegria, pois estava confirmando um chamado que por algum tempo eu recusei por insegurança. Naquele momento como Aspirante ainda sentia que poderia dar mais de mim, então poderia pedir para fazer experiência.
Aos poucos fui amadurecendo essa ideia até que pedi e mais uma vez fui aceita. Mais um comunicado a família e agora mais difícil, pois ia abandonar o meu cotidiano (Trabalho, faculdade), mas já estavam preparados e aceitaram muito bem a minha decisão.
Fiz um bom caminho, na verdade estou fazendo um ótimo processo. Pois a caminhada é constante. O que para mim um dia foi surpresa, hoje já no Postulantado é motivo de muita alegria. Todos os meus passos foram dados no momento certo. Estar mais próxima à missão, da vida comunitária é muito gratificante, sinto que estar mais próxima da missão, posso transmitir o amor que Deus tem comigo.
Marcelly Gomes de Carvalho, 23 anos,
Postulante Oblata, natural do Rio de Janeiro.
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