terça-feira, 26 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacional - Testemunho Ir. Beatriz

Para contar às gerações / como é grande o nosso Deus, / que nos vela noite e dia. / 
Ele é o nosso Deus: / desde sempre e para sempre. / Seja ele o nosso guia!”. (Salmo 48) 

Como é bom partilhar com a juventude que acessa o nosso blog, um pouquinho da minha história vocacional! Acho muito legal que @s jovens saibam como é bom seguir Jesus! Como é bom segui-Lo desde o projeto da Vida Religiosa! Como é bom segui-Lo no projeto da Vida Religiosa Oblata!

É tão bom contar a vocês, gerações novas, como é grande o nosso Deus que acolhe nossa fragilidade e nos chama para uma experiência de vida e redenção!

Eu há muito, carrego uma convicção de que, se as/os jovens soubessem o sentido e o significado que o seguimento de Jesus dá à nossa vida, teríamos mais mulheres e homens consagrados a esse projeto de vida e missão.

Faço sempre memória que a vocação foi forjada na minha família e fortalecida na catequese, preparando-me para a Primeira Comunhão. Foi amor à primeira vista! No entanto, eu tinha uma imagem muito triste das freiras e não queria ser uma pessoa triste. Até que um dia conheci uma Irmã Oblata feliz e encontrei outras também felizes que foram despertando a semente que eu trazia desde menina. Foram dois anos de contato com a comunidade do Rio de Janeiro, de participação em encontros de discernimento vocacional, onde fui sentindo que o Senhor me chamava para ser Dele. Assim aos 28 anos deixei minha família e comecei a caminhada vocacional Oblata e nela estou há 33 anos. Foi um tempo de desafios com meus familiares e com meus amigos, afinal queriam me ter por perto e a opção que estava escolhendo me levaria para longe deles. Eu também senti bastante, mas o Chamado é mais forte e o desejo de descobrir minha verdadeira vocação me animou a seguir em frente.

Sim, a motivação mais forte foi o Amor de Deus que há tempos experimentava no coração. Era algo tão intenso que não me identificava com outra vocação, mesmo que, inicialmente, tenha sido orientada para a vocação matrimonial. Saber que a vivência da vocação religiosa se dava em comunidade era algo que também me atraía, pois sempre gostei de gente, de fazer amizades, construir vínculos e, além disso, em comunidade responder a uma missão que hoje se concretiza junto à mulher em situação de prostituição.

É claro que, no início é difícil a adaptação ao novo projeto de vida! Sentia falta da minha família, dos meus amig@s, dos meus alunos porque eu era professora, enfim de tudo que fazia parte da minha vida naquela época, mas eu sempre pensava que, se Deus me chamava a ser religiosa, Ele mesmo iria me dando força e assim foi. Nessa época eu rezava muito a Madre Antonia, Fundadora da nossa Congregação, uma mulher que desde que eu li a sua história, admirei. Sempre pedia a Ela que intercedesse por mim, afinal ela, diante de Deus, torcia pela minha vocação e, sobretudo pela minha felicidade, pensava eu!

E assim relembrando os começos da minha vocação e depois de 33 anos de caminhada, agradeço muito a Deus o dom recebido! Por isso animo e sempre animarei as jovens para que, sentindo no coração uma atração por Jesus, dediquem um tempo para fazer um discernimento a fim de que possam descobrir se Deus as chama para a Vida Religiosa, ou se o chamado é para ser presença Dele na família, na Igreja, no trabalho, enfim em outra vocação cristã porque em todas se pode seguir as Pegadas do Redentor.

Que Nossa Senhora, nossa Boa Mãe do Perpétuo Socorro, nos ajude a sermos fiéis a cada dia!


Ir. Maria Beatriz Simões da Paixão

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