A morte se apresenta grande porque é parte do Mistério da vida. Se não há como dela escapar, resta-nos aprender a aceitar o fato de que vamos morrer e que as pessoas que amamos também morrem. A morte e o morrer exigem que aprendamos a viver em obediência á vida. Certamente custosa, mas necessária obediência. A gente se curva reverente. E se cala. é deste silêncio obsequioso que pode nascer uma adesão mais lúcida ao Mistério da condição humana entendida à luz da Ressurreição de Jesus Cristo.
Cada vez que me encontro face à morte de alguém querido, a vida em fita que desfila em minha mente sacudida é principalmente montada por fotogramas de acontecimentos passados, cenas mudas ou pura conversa, momentos bons e fatos significativos vividos juntos. O que acaba gerando em mim o efeito de reavivar, com a perda o desejo e a decisão de seguir vivendo em homenagens ao falecido.
O velório da pessoa querida ajuda-me a fazer uma entrega, em vez de apenas sentir-me despojado, invadido injustamente por um vazio inexplicável. Cada vez que consigo fazer a entrega da vida do falecido e da perda sentida, qual oferenda eucarística, percebemo lento germinar de novos tenros ramos de confiança na vida que se torna eterna. É quando na sinceridade digo: A-Deus!
E você, leitor(a), como encara a morte e o morrer? E a gente vivo, aprende a trabalhar, amar e sofrer. O que é saudável ! E cristão.
Pe. Dalton, C.Ss.R
Fonte: Revista Akikolá
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