quarta-feira, 4 de março de 2020
Novidade no Blog Vocacional Oblatas
A partir deste ano de 2020, o Vocacional Oblata estará com um blog Novo. Confira como ficou: Clique aqui
terça-feira, 31 de dezembro de 2019
Feliz 2020
Chegando ao final de mais um ano, vai passando por nosso coração toda trajetória vivida ao longo de 2019. Os sonhos realizados, as amizades conquistadas, perda de pessoas queridas, entre tantos outros acontecimentos.
Neste período também não podemos nos esquecer de nos questionarmos sobre como foi meu caminhos vocacional ao longo do ano de 2019. Escutei a voz de Deus que clama na realidade? Conversei com Deus? Confiei em seu amor?
“Amar e servir é o nosso compromisso”.(Venerável Antonia, Fundadora das Oblatas)
terça-feira, 24 de dezembro de 2019
Natal
“Um Menino é a resposta de Deus às nossas perguntas”
“Encontrareis um recém-nascido envolvido em faixas
e deitado numa manjedoura” (Lc 2,12)
Autor: Padre Adroaldo
Estamos em um tempo que nos fala
do essencial: um Deus que se faz carne, o divino que se faz humano; o eterno se
estremece diante do que é terno; o infinito abraça amorosamente a fragilidade…
Viver este mistério é viver em
Deus, compreender até onde chega a loucura de amor de um Deus que se humaniza
para que nos humanizemos. “A humanidade de Cristo é a humanidade vivida à
maneira de Deus, ou melhor, vivida por Deus” (José Arregi).
“Deus se humanizou”: tal
expressão revela que a Misericórdia de Deus significa também ternura.
Apareceu um Menino: apareceu a
ternura e a doçura do Deus que salva. Na fragilidade de uma criança se
esconde e se revela a grandeza divina. Uma antiga tradição religiosa afirma que
a maior seriedade de Deus aconteceu quando Ele virou menino. Louca
aventura amorosa de Deus!
No rosto de uma criança se faz
visível a Misericórdia que desce sempre mais abaixo, que nasce no ventre da
terra e se faz terra fértil.
Segundo Jacob Boehme, místico
medieval, Deus é uma Criança que brinca..
É nessa atmosfera “infantil” que
Deus se aproximou de nós. Não veio como um imperador poderoso nem como um
sumo-sacerdote ou um grande filósofo. Deus pode ser encontrado não na estrada
suntuosa do domínio e do poder, mas na estrada da doação, da partilha, da
solidariedade… A única explicação da “descida” de Deus é seu “amor
compassivo”. Ele mergulhou na nossa fragilidade fazendo-se uma criança pobre,
que nasce na periferia, no meio de animais, deitada numa manjedoura… para que
ninguém se sentisse distante d’Ele, para que todos pudessem experimentar o
sentimento de ternura que uma criança desperta e sobre quem nos
dobramos, maravilhados. Criança não infunde medo; todos se aproximam dela.
Pequenino com os pequeninos, Deus nos faz proclamar silenciosamente:
“Meu Deus, me dá cinco anos, me dá a mão, me cura de ser
grande…” (Adélia Prado).
É a fragilidade de uma criança que
ativa em nós a atitude da expectativa, da novidade, do assombro...
Cada nascimento é um sinal, um imenso milagre, uma bela
promessa, um profundo chamado. Viver é milagre. Só ser já é milagre. E o maior
milagre é a ternura que cuida, nutre, consola. Isso é “Deus”.
Dizia o pintor Pablo Picasso que
tornar-se criança leva tempo, e poderíamos acrescentar que somente o encontro
com o Deus Menino nos devolve a pureza e a inocência primordiais.
Quando nos fazemos presentes junto à Criança eterna, então brota em nós o
impulso para a renovação de vida, o despertar da inocência escondida, o encontro
com novas possibilidades de ação que correm em direção ao futuro.
O Natal é essa ternura
que ilumina a história humana, o cosmos do qual somos parte. É a confissão de
que a bondade gera e sustenta a vida. É crer que tudo está eternamente movido
por um pulsar profundo, criador, maior e mais poderoso que o universo, mais
terno e pequeno que o coração de um recém-nascido. É a promessa de que o bem
prevalecerá.
Ao recuperar o olhar de assombro
e de espanto no interior da Gruta de Belém, nossa mente se abre à
imaginação e ao sonho, começamos a considerar as infinitas possibilidades para
ser e conviver, brota a alegria do novo, do que está nascendo a cada instante,
de explorar recursos inéditos e desconhecidos.
Natal é o tempo para acolher com
ternura o que é germinal, o pequeno, o que nasce nos movimentos sociais e
humanitários alternativos e nos grupos eclesiais que se empenham por um mundo
novo e por uma Igreja mais sintonizada com o sonho de Deus. É o momento de sair
para os excluídos, para aqueles que não podem chegar até nós.
Ao entrar na gruta para
contemplar o Menino-Deus, conectamos, ao mesmo tempo, com o mais profundo do
coração humano, carregado de compaixão e generosidade. A bondade humana é uma
faísca que pode se atrofiar, mas jamais se apagar. São necessários alguns
momentos densos para que esta chama seja ativada. A vivência do Natal é um
deles.
Da “Gruta de Belém” à “gruta
interior”: esta é a aventura que nos leva a crescer, amar e compartilhar
com os outros o dom da vida; aprender a ver nas pessoas a grande reserva de
bondade, altruísmo e generosidade que carregam dentro de si; nunca
conformar-nos com a injustiça e a violência, semeando cordialidade e gentileza
a todos (as); e, sobretudo, ser mestres da esperança. “…porque é de
infância, meu filho, que o mundo precisa” (Thiago de Mello).
O Menino Deus, em
Belém, nos oferece uma maneira nova de olhar a realidade e a fragilidade de
tantas pessoas. A contemplação de Jesus em seu nascimento nos ensina a
contemplar a fragilidade e a exclusão humana como uma forma de presença
de Deus. Deus está entre nós como fragilidade, nos excluídos, nos pobres, nas
carências de todo tipo, em cada uma de nossas limitações. Por isso mesmo, sair,
descer ao encontro das carências humanas, é uma forma de peregrinação para o
coração do Deus mais vivo e surpreendente. Com os mesmos passos com que nos
aproximamos da fragilidade dos que sofrem, também nos aproximamos de Deus.
A partir dessa debilidade podemos
sentir que passa por nós a força de Deus, seu santo braço, que transforma, com
nossa ajuda, toda a realidade.
Se Deus correu o risco de
encarnar-se, de nascer pobremente e crescer como salvação a partir da exclusão
deste mundo, já não há excluídos para Ele, ninguém fica fora d’Ele. E o lugar
principal para a festa é ali onde Ele aparece: nos aforas, onde não há lugar,
onde tudo parece esgotar-se e é condenado a crescer em meio às ameaças e às
intempéries das situações humanas.
O Nascimento de Jesus é um
atrevimento, uma verdadeira ousadia, uma surpresa inimaginável…; na verdade, o
Natal é a manifestação do impossível que se faz possível no coração de Deus.
“Ele é o eterno Menino, o Deus
que faltava; o divino que sorri e que brinca; o menino tão humano que é divino” (Fernando
Pessoa).
Agora temos um Deus menino e não
um Deus juiz severo de nossos atos e da história humana. Quê alegria interior
sentimos quando pensamos que seremos julgados por um Deus Menino! Ao invés de
condenar-nos, ele quer conviver e entreter-se conosco eternamente.
Fonte: Site Seculo XXI
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
Tempo do Advento
QUANDO OLHAMOS PARA TRÁS
🌲 🌲 🌲
Reflexão retirada do site: Koinonia
Estamos no final do ano. E como sempre somos
convidados a olhar para trás, para rever no ano que passou os grandes
acontecimentos nacionais e internacionais que marcaram a vida. Resenhas
históricas, econômicas e políticas enchem os programas televisivos, os jornais
e as revistas do último mês do ano. Fazem-se algumas previsões, horóscopos e
estatísticas para o ano novo, ensaios futuristas de diferentes tipos e
qualidades.
O que eu gostaria de olhar ou de rever do que
passou? O que gostaríamos de tornar vivo em nossa memória? Para além da
corrupção presente em todo o continente, da seca e das enchentes, dos acidentes
aéreos e rodoviários, do tráfico de drogas e da guerra nos centros e periferias
o que nos fica de bom deste ano? Quais foram as coisas que guardamos para além
da linguagem das crises econômicas e financeiras, para além da crise alimentar
verdadeira e fictícia, para além da crise do petróleo, para além das guerras
sem fim? O que falou ao nosso coração na linguagem do amor e da misericórdia? O
que foi escutado e gravado em nossas mentes na linha da construção de nossa
humanidade tão faminta de justiça e de ternura? O que continua em nós como um
bom eco ou como ressonância de coisas que ainda são capazes de acordar em nós
bons sentimentos e boas ações?
Difíceis perguntas e difíceis respostas. Precisamos
parar para pensar antes de responder a estas perguntas tão simples e diretas.
No fundo fixamos muito pouco as coisas boas e muito poucos conseguem falar
delas. É como se o sabor bom das coisas fosse instantâneo, fugidio e logo
esquecido. É como se o amargo e o ácido do sofrimento perdurassem mais, apenas
amainados pelos rápidos instantâneos de prazer.
Constatamos a cada dia que os meios de comunicação
se ocupam em difundir cada vez mais um número maior de informações trágicas
carregadas de uma dramaticidade ímpar. Repetem estas informações cinco ou dez
vezes ao dia como se fosse novidade. Requentam notícias como se fossem as da
última hora. Retemos em nossos olhos e em nossa memória as cenas trágicas da
queda de um avião, da revolta das famílias enlutadas, dos corpos mortos
resgatados das enchentes, dos cadáveres de bois e vacas estendidos pelo sertão nordestino,
da terra aberta pelo sol intenso mostrando suas entranhas ressequidas, de um
incêndio devastador dos campos... Quase nos intoxicamos com as notícias sobre a
captura, o julgamento, a prisão ou a impunidade dos corruptos. Por pouco não
sentimos o intenso calor do aquecimento global invadindo o nosso corpo sem que
o ar condicionado possa nos servir.
Uma poluição de más notícias nos habita, um quase
gosto de sangue invade nosso paladar. Para sair desse inferno imposto só mesmo
a alienação da propaganda consumista! Consumir para esquecer dos males
diários...
A tragédia parece interessar mais do que os pequenos
pontos de luz que nascem das relações humanas e se multiplicam em muitos
lugares de diferentes maneiras. A tragédia de diferentes tipos faz notícia,
aumenta o poder da mídia e de seus donos! Basta ler os diários, sobretudo os
populares e perceberemos o que chega aos olhos e ao conhecimento dos leitores.
Esta
poluição chega igualmente às igrejas. Os pregadores não hesitam em acentuar as
obras dos demônios manifestadas nas doenças e em muitas outras catástrofes
coletivas e pessoais.
Em pleno Advento já encontrei gente de igreja
preferindo contar mais detalhes sobre a fuga de Maria e José ao Egito, a
peregrinação deles em busca de um lugar para ficar, a matança dos meninos de
tenra idade mandada executar por Herodes, como se fossem os acontecimentos mais
importantes daquele momento.
As
tragédias de cores fortes interessam mais do que descobrir o frágil sentido de
uma criança abrigada numa manjedoura ou de uma flor que nasceu num telhado ou
de uma criança com dificuldade escolar que conseguiu aprender a ler e escrever
ou de um idoso sorrindo, pois foi capaz de escrever um poema de amor.
As coisas boas não são notícias repetidas cinco ou
dez vezes como as más. Não há imagens que nos ajudem a fixar a beleza e a
justiça nas relações. Imagens que poderiam voltar aos nossos olhos e ouvidos
como para educarem a memória de nosso corpo naquilo que pode nos fazer bem.
Imagens que poderiam nos convidar à reflexão sobre o mundo que estamos
construindo e sobre aquele que queremos ver nascer ainda hoje.
Precisamos de imagens que tenham ressonância no
fundo de misericórdia e de beleza que nos habita. É dele que nos vem o convite
para não temer o caído na estrada ou de nos alegrarmos com as pequenas vitórias
de nosso dia a dia, com os pequenos gestos de ternura e misericórdia em meio à
mistura violenta e paradoxal de nossa história.
Olhando para trás vi a menina-moça que voltou a
enxergar, o paralítico que conseguiu uma nova cadeira de rodas, o mutirão de
limpeza da rua, a organização do lixo seletivo...
Olhando
para trás há pequenos gestos de amizade, de ajudas inesperadas, de canções que
movem o coração....
Em meio à espantosa turbulência de nosso tempo, à
dominação do império da novidade, à dominação do lucro individual, em meio às
ameaças de todo tipo precisamos recordar e resgatar as coisas boas a fim de
viver um pouco mais de sua força. Precisamos sair da preguiça imposta pelo
capitalismo que não nos permite mais fazer um bom pão caseiro, que toma nosso
tempo inteiro e não nos deixa saborear um suco feito em casa ou um café com
leite e bolo de fubá quentinho...
No
nosso ano que está quase terminando, provavelmente tenhamos vivido estes
momentos de extraordinária gratuidade, momentos que ficam com sabor de quero
mais no ano novo que já desponta. Tentemos recordá-los, reconhecer sua
importância no sustento de nossa vida, torná-los significativos em nossa
história.
Estes
gestos simples nos ajudam a continuar “lutando contra principados e poderes”
como disse um dia São Paulo, não com canhões, mísseis e espadas de guerra... E
nem com as tragédias humanas usadas como álibi para manter o poder dos
poderosos.
Uma
mesa posta, toalha e flores, pão saído do forno, um delicioso vinho cujo odor
se sente de longe... Tentemos cada dia na simplicidade das coisas essenciais à
vida despertar a ternura adormecida em nós e olhando para trás dar graças por
estarmos aqui no misterioso momento presente.
Ivone
Gebara
Dezembro
2008.
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segunda-feira, 11 de novembro de 2019
Mulheres da Bíblia 👩 Abigail: Prudente e Sábia
👉Conheça Abigail👈
1Sam 25,14
O
nome Abigail significa Deus pai se alegra.
Mulher bonita e inteligente contrastava com seu marido Nabal que era mesquinho
e mal-humorado. Apesar disso, Abigail comportava-se como a esposa perfeita. Ela
protegia os interesses do marido e pedia desculpa pelo comportamento dele.
Fiquemos atentos ao que nos diz no capítulo 25,14ss do Primeiro Livre de
Samuel:
Abigail, a mulher de Nabal, foi
informada por um dos seus criados, que lhe disse: “Davi mandou, do deserto, mensageiros
para saudar nosso amo, mas ele recebeu-os mal. No entanto, esses homens
tratam-nos sempre muito bem [...] serviram-nos de muro de defesa, dia e noite,
enquanto estivemos com eles apascentando os rebanhos. Vê, pois, o que tens a
fazer, porque a ruína de nosso amo e de toda a sua casa e coisa decidida, tanto
mais que ele é um idiota, com quem não se pode falar”.
Então Abigail apresentou-se a tomar
duzentos pães, dois odres de vinho, cinco cordeiros preparados, cinco medidas
de farinha de trigo torrada, cem bolos de uva passas, duzentas tortas de figos
secos, pôs tudo em jumentos [...] ai descendo a montanha [...] quando topou com
Davi e seus homens [...].
Como
bem sabemos, a Bíblia foi escrita num ambiente patriarcal. Conserva, porém,
relatos que mostram quanto era importante à presença e o discernimento das
mulheres. Abigail é um exemplo disso: enquanto seu marido rejeitava
grosseiramente qualquer tipo de ligação com o movimento de Davi, considerando-o
marginal, ela percebeu a importância e a grandeza do grupo e procurou aliar-se
a ele.
Abigail,
mulher rica e respeitada, era uma esposa prudente e sábia. Seu marido Nabal, no
entanto, tinha fama de prepotente: expulsou Davi e seus seguidores das suas
terras. Abigail teve o pressentimento de que, na luta de Davi contra o rei
Saul, o primeiro sairia vencedor. Naquele momento, Davi e seu bando eram
considerados fora-da-lei.
No
Primeiro Livro de Samuel, capítulo 25,24ss, Abigail diz a Davi: “A culpa é toda minha, meu senhor! Deixa
falar a tua escrava, escuta suas palavras. Meu senhor não faça caso desse
idiota, Nabal, pois ele é bem o que o seu nome indica: Nabal, louco. É isso o
que ele é! [...] Agora meu senhor, pelo Senhor e por tua vida, juro, foi o
Senhor que te impediu de derramar sangue e deteve a tua mão”.
A
grande proprietária, Abigail, prostra-se diante de Davi. Ela se dirige a ele
com palavras que sugerem ser ela sua serva e Ele, o grande Senhor.
Essa
atitude de diplomacia comoveu Davi, o qual prometeu não fazer mal algum contra
Nabal e contra sua casa.
A
Bíblia apresenta Abigail simplesmente como esposa prudente, sábia e bonita. Mas
é importante notar como ela toma as inciativas e controla o que acontecerá
entre seu marido Nabal e Davi.
Ainda
no capítulo 25,29-30, lemos as palavras proféticas de Abigail a Davi: “Se alguém te perseguir ou conspirar contra
ti, a alma do meu senhor ficará guardada no bornal da vida, junto do Senhor teu
Deus. [...] E quando o Senhor tiver feito o meu senhor todo o bem que lhe
prometeu, quando te houver estabelecido chefe sobre Israel [...]”.
Todos
se lembram de que Davi era um pastor, caçula entre os filhos de José. Abençoado
pelo profeta Samuel, ele consegue agradar o rei Saul. Entretanto, o rei tem
ciúmes de Davi o expulso de sua casa. Nesse momento, uma mulher bonita e rica
lhe fala como profetisa! Surpreso e comovido, Davi abençoa a sabedoria de
Abigail antecipam a profecia de Natã e ela se torna, então, o elo entre os dois
profetas da monarquia, Samuel e Natã.
Abigail
voltou para casa depois do sucesso de seu encontro com Davi. Ela salvara a vida
do marido e a de todos os que moravam e trabalhavam na casa.
Ao
chegar, porém, ela encontrou Nabal dando uma grande festa. Ele estava alegre e
completamente bêbado. No dia seguinte, Abigail contou ao marido que conseguira
salvar a todos. Nabal ficou revoltado e parecia que o seu coração parara no
peito, ficando petrificado. Dez dias depois Nabal Morreu.
A
reação de Davi é narrada em 1Sm 25,39: Quando
Davi recebeu a notícia da morte de Nabal, exclamou: “Bendito seja o Senhor, que
vingou a ultraje que Nabal me fez, e que me impediu de fazer-lhe mal! O Senhor
fez cair sobre a cabeça a própria maldade!”.
Então
Davi enviou mensageiros a Abigail com a proposta de ela se tornar sua mulher.
Os servos de Davi se dirigiram a Abigail em Carmel e disseram – lhe: “Davi
mandou-nos a ti porque quer tomar-te como esposa”. Ela se levantou, inclinou-se
com o rosto por terra e disse: “Aqui está a tua serva, disposta a ser tua
escrava para lavar os pés dos servos do meu senhor”.
Fonte Livro: Mulheres da Bíblia – Paulinas 2004.
Que achou da História de Abigail?
Qual outra mulher da Bíblia te inspira?
segunda-feira, 4 de novembro de 2019
Cultivando o Coração 💚
Leia o poema e destaque uma frase
dele que mais te chamou atenção.
👉 Guarde esta frase em seu ❤ 👈
Boa Leitura!
ESTOU À ESCUTA, SENHOR, À ESPERA DE TUA PALAVRA!
Tua
PALAVRA é pão vivo.
Tua
PALAVRA me nutre de DEUS.
Tua
PALAVRA é minha mestra.
“Em
segredo tu me ensinas SABEDORIA”.
Tua
PALAVRA me ensina a discernir os espíritos.
Ela
me ajuda a reconhecer o que é verdadeiro e o que é ilusório,
o
que é passageiro e o que é permanente.
Tua
PALAVRA me ajuda
a
pensar os TEUS pensamentos, e não os meus;
a
andar os TEUS caminhos, e não os meus.
Tua
PALAVRA me ajuda
a
olhar com TEUS olhos,
a
escutar com TEUS ouvidos,
a
aprender a amar com TE AMOR.
ESTOU
À ESPERA DE TUA PALAVRA.
Tua
PALAVRA modifica minha relação
com
as outras palavras.
Tua
PALAVRA acontece sempre,
Em
cada ENCONTRO E EM CADA PARTILHA,
em cada PESSOA, em cada acontecimento.
Também
a natureza é portadora de tua Palavra.
Se
estou ocupada ou tento fugir,
perco
TUA MENSAGEM e minha resposta.
ESTOU
À ESPERA DE TUA PALAVRA.
Posso
não ouvir,
por
estar presa às minhas expectativas.
Então
também teu silêncio tem algo a me dizer.
Continuamente
esperas minha resposta: EU MESMA!
Tua
PALAVRA cresce em mim
e
eu cresço para teu louvor.
Aqui
estou, Senhor
À
ESPERA DE TUA PALAVRA.
(Kyrila
Spieker)
domingo, 20 de outubro de 2019
Santíssimo Redentor - Expressão do Amor de Deus
DE TAL MODO DEUS
AMOU O MUNDO, QUE LHE DEU SEU FILHO ÚNICO (Jo 3,16)
"Deus amou tanto o
mundo...” é a revelação fundamental, que traz a certeza originante de toda uma
experiência espiritual. O Amor é o centro dinâmico da Espiritualidade
Redentorista. Um Amor afetivo que precede e motiva o amor efetivo. Uma
experiência verdadeiramente bíblica, para quem conhece a linguagem profética da
relação matrimonial entre Deus e o seu
Povo, tão bem exemplificada em Oséias e no Cântico dos Cânticos: "Eu os
atraí com laços de bondade, com laços de amor" (Os 11,4). É um Amor
gratuito, que brota primeiramente de Deus. “Ele nos amou
eternamente: - Amo-te com um amor eterno (Jr 31,3). Deus diz ao homem: -
Olhe, fui eu o primeiro a amar você. Você não estava ainda no mundo. O
mundo nem existia, e eu já o amava. Eu amo você desde que sou Deus. Amo você, e
desde que amei a mim mesmo, amei também você"!
Tal amor não se resume a uma
declaração sentimental. É uma prática histórica, que culmina com a doação do Filho.
A criação é o seu primeiro gesto de amor, no desejo de atrair para si o amor
gratuito do homem: "...criou o céu, a terra e tantas outras coisas, todas
por amor do homem” .
“Mas Deus não se contentou
em dar-nos estas belas criaturas. Além disso, para cativar todo o nosso amor,
Ele deu-se a nós em todo o seu ser. Deus Pai chegou ao extremo de nos dar seu
próprio Filho: - Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu seu Filho
único" (Jo 3,16). Jesus é, antes de tudo, a irradiação viva e humana
do Amor do Pai pelo homem.
A evidência formidável que
brota dessa experiência de fé é esta: a Vontade de Deus, é essencialmente uma
vontade de salvar a pessoa para o amor. Por isso, a Vontade de Deus não pode
ser reduzida à dimensão jurídica das leis naturais e positivas, que são
satisfeitas com a obediência. Toda a revelação cristã é a história de uma
conquista amorosa do homem por parte de Deus, que vai acontecendo
gradativamente no decorrer da história humana. A essência evangélica da
Vontade de Deus é a vontade de amar e de ser amado. A conseqüência
dessa descoberta é muito mais dinâmica do que todas as leis: se pela Revelação
é essa a vontade de Deus, como não buscar essa Vontade com todas as forças e
entregar-se totalmente a ela de forma incondicional, sem medidas e para sempre?
"Ama um Deus que te ama tanto, antes que é o próprio Amor..."
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