quinta-feira, 27 de junho de 2019

Celebrando a presença de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

O mês de junho, como Igreja, vivemos a devoção ao Sagrado Coração de Jesus e nós, Família Oblata, também a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, já que o 27 de junho é o dia dedicado a Ela.

Cultivamos um amor todo especial a Nossa Senhora sob esse título que nos foi herdado da Espiritualidade Redentorista e dos Nossos Fundadores – Pe. Serra e Madre Antonia – que a escolheram como Aquela que vela pela nossa fidelidade no caminho de seguimento de Jesus. Disse o nosso Fundador: “Nomeemo-la suprema Governadora de toda a Congregação. Quanta necessidade nós teremos de seu Perpétuo Socorro para conseguir, por sua mediação, a perseverança e a conversão das mulheres encomendadas aos nossos cuidados!”. Aprendemos tanto com o Pe. Serra e Madre Antonia, como com as irmãs que nos antecederam nos primeiros anos de fundação e expansão da Congregação, esse amor que nos faz até hoje recorrer a Ela e a reconhecê-la como nossa Mãe e Companheira de caminho.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é venerada num quadro que “foi pintado no estilo bizantino da Igreja Oriental”, é um ícone que nos convida a olhar, a contemplar, a ir mais além e entrarmos no Mistério do Amor de Deus revelado na Virgem Maria. É uma experiência orante que alimenta e aquece o nosso coração, pois evoca a presença da Mãe de Deus em nossa na vida, na caminhada de cada dia, na vida das mulheres em situação de prostituição! Por isso vale a pena, mesmo de forma sucinta, percorrer cada parte do quadro para podermos contemplar com sentido, já que todo ele é rico de significado. 

Olhando para Maria percebe-se que Ela olha diretamente para nós, não olha para Jesus, nem para os anjos aos lados. Ela olha somente para nós, como se quisesse nos falar uma coisa muito importante e certamente fala ao coração de cada filha e filho que a contempla. 

A cor dourada na Idade Média significava o céu e está vestida com um manto azul com forro verde e uma túnica vermelha que eram as cores da realeza, ou seja, Ela é nossa Rainha, seja no Céu como na Terra, tendo poder para interceder por nós. Parece que a estrela de oito pontas sobre a sua fronte foi provavelmente colocada depois por um artista para representar que “Maria é a estrela que nos guia até Jesus”.

As letras acima da sua cabeça a proclamam Mãe de Deus (em grego) e as letras à direita do Menino proclamam que ele é Jesus Cristo.

No quadro Jesus não está olhando para nós, nem para Maria, nem para os anjos. Ele se agarra à sua Mãe, mas seu olhar é distante, olhando para alguma coisa que não podemos ver e que o fez voltar-se tão rápido para a sua Mãe, buscando Nela proteção e amor a ponto de uma das suas sandálias quase ter caído.

As figuras que aparecem de ambos os lados de Jesus e de Maria e que são identificadas pelas letras gregas acima deles como sendo os Arcanjos Gabriel e Miguel nos dão a resposta porque o Menino se assustou e recorreu logo à Sua Mãe. Eles ao invés de trazerem harpas e trombetas de louvor e ação de graças trazem “os instrumentos da Paixão”, “à esquerda, Miguel segura uma urna contendo o fel que os soldados ofereceram a Jesus na cruz, a lança que atravessou seu lado e a vara com a esponja e à direita, Gabriel carrega a cruz e os quatro cravos”. 

Entendemos então que Jesus, conhecendo todo o sofrimento e morte que o esperava, como homem sente medo e voltou-se para sua Mãe que o segura nesse momento, certa de que Ela não pode evitar tudo que lhe irá acontecer, mas lhe oferece o seu amor, sua ternura e seu conforto. 

E Nossa Senhora olha para nós, como se nos convidasse a entrar nessa confiança porque sabe que nós também, suas filhas e filhos, vivemos momentos de muita luta e muitos perigos, que temos medo de enfrentar aquilo que nos custa, afinal entende dos dramas humanos. O seu olhar profundo nos revela que, assim como Seu Filho voltou-se para sua Mãe e encontrou refúgio, nós também podemos nos dirigir a Ela com igual confiança e prontamente nos oferece o mesmo Amor e nos alenta no caminho. 

Assim que recorramos todas e todos a Ela sempre, pois Nossa Mãe nunca nos abandonará e vamos rezar agora e renovar a nossa Consagração a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro:

Ó Maria, eu Vos escolho por minha Mãe e  Mestra. Eu vos consagro tudo o que tenho tudo  o que sou.  Eu Vos  dou  o meu  corpo, a minha  alma, os meus bens, o meu passado, o meu presente, o meu futuro, as  minhas  alegrias, as  minhas  dores, a minha  vida, a   minha morte, a  minha  eternidade. Disponde  de  mim como Vos aprouver. 
Recebei este meu ato de amor: quero ser Vossa para ser de Jesus. Santa Mãe do Perpétuo Socorro, abençoai-me! Amém. 

Por: Ir. Beatriz, OSR



quinta-feira, 20 de junho de 2019

Missão Oblata – Uma história de compromisso e solidariedade

Neste mês de Junho, em que celebramos os 155 anos do inicio da missão, toda família Oblata faz memória do caminho percorrido por Padre Serra e Madre Antonia no acolhimento das mulheres em situação de prostituição na Espanha no século XIX.  Ao Relembrar a raiz de nossa atuação, vemos como o ontem e o hoje se misturam, e como as realidades dos séculos passados são tão atuais e tão vivas em nosso presente. 

Assim como nossos fundadores, cada unidade Oblata vivencia momentos de alegrias, angústias, dificuldades e desafios; mas sempre com fé, perseverança e entrega total à disponibilidade do Redentor. Animada pela mística evangélica, a missão é realizada sempre trazendo a essência de todo caminho percorrido ao longo da história e das experiências que cada Irmã Oblata traz em sua vida e vocação.

São essas vidas e experiências que fizeram com que a missão com a mulher em contexto de prostituição se estendesse por 15 países, com uma pedagogia baseada na vivência de Madre Antonia, que se fundamenta no Amor, amor que se exprime num profundo respeito e acolhida da vida de cada pessoa. Pedagogia "do pouco a pouco", segundo Madre Antonia,  entendida e concretizada em processos que partem da realidade das mulheres acompanhadas incluindo e incentivando seus potenciais e capacidades mais genuínas.

As unidades de missão Oblata são presença de solidariedade e compromisso, na promoção de uma maior humanização da realidade das mulheres em situação de prostituição. Buscam impulsionar seu protagonismo e fortalecer sua organização e capacidade de liderança, valorizando a dignidade da pessoa humana que se encontra em cada mulher que está em situação de prostituição. 

Nossa família Oblata louva e agradece por cada passo e por cada pessoa que caminhou conosco nestes 155 anos, fortalecendo este trabalho de Redenção e resinificando a cada dia nossa vocação de acolher e colaborar no desenvolvimento pessoal e espiritual de cada mulher atendida.

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quinta-feira, 13 de junho de 2019

Viver é Optar

É muito difícil conceituar-se a vida. Daí as várias definições que ela tem recebido no decorrer dos séculos...“Viver é optar e apaixonar-se pelo que se optou”. Frase do filósofo dinamarquês Kierkegaard, considerado o pai do existencialismo.

Não é preciso dizer que esta definição não diz respeito à vida como distinção entre seres animados e inanimados, mas na sua dimensão de vida humana, porque está embutida nela o dom que Deus concedeu exclusivamente ao ser humano: a liberdade. Em toda a escala zoológica, só a ele foi dado o poder de escolher. Enquanto os animais são dirigidos pelos instintos, ele tem possibilidade de fazer suas opções, até o dia em que a morte o tirar deste mundo, ou a sua razão, quer pelo anos, quer por doença, mostrar-se incapaz de escolher. De acordo com a definição acima, a realização humana depende das escolhas de cada um e da maneira como se mostra fiel a elas: “...apaixonar-se pelo que se optou”. As opções tanto concorrem para a dinâmica da vida, como podem constituir-se um obstáculo para a felicidade pessoal e desenvolvimento da coletividade. Por isso, a liberdade de escolha é um trunfo de que a pessoa dispõe para viver, com coerência, a sua peregrinação terrena, mas é também um motivo de imensa responsabilidade.

A neutralidade diante de importantes fatos da vida, o “ficar em cima do muro”, o “lavar as mãos”, quando as circunstâncias exigem uma tomada de posição, são erros contra a liberdade cometida pelo homem. É covarde quem foge a tal desafio, porque perde a oportunidade de se afirmar como criatura de decisão. Sem dúvida, qualquer opção representa um risco para a pessoa, porque existem escolhas de consequências irreversíveis. Mas é bom lembrar que não avança no seu amadurecimento quem deseja instalar-se na certeza e na segurança. A pessoa é pressionada a se definir não apenas em momentos de decisões radicais, como em relação a uma profissão ou um casamento, mas a cada passo dado na estrada do tempo. Ele vive escolhendo, e todos os seus atos representam uma opção entre as duas propostas que o cotidiano sugere a cada minuto: a proposta do bem e a do mal.

Diante da importância da opção para todo homem, e já que a escolha faz parte do cotidiano, é indispensável que a pessoa seja educada para saber escolher, a partir dos critérios da sua consciência, dos valores que dignificam o indivíduo e contribuem para o bem comum. Optar é exigência da condição humana e dela depende o sentido que cada um dá ao seu percurso pelo mundo. 

Apaixonar-se pela opção é algo mais indispensável para que cada pessoa, sobretudo os cristãos, não sejam “os mornos” do Apocalipse, ameaçados de ser vomitados por Deus. É o entusiasmo, a esperança, a persistência, a vontade de ser melhor que devem identificar o homem em todas as cenas de sua vida.

Coluna – Fé e Cidadania - Folha de S.Pedro maio 2007
Texto De: Yvete Amaral



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quinta-feira, 6 de junho de 2019

Missão Oblata - Compromisso solidário com a mulher

A missão iniciada por Padre Serra e Madre Antonia, é realizada pelas Irmãs Oblatas no compromisso solidário e caminho compartilhado com as meninas, jovens e mulheres que se encontram em contexto de prostituição ou são vítimas de tráfico com fins de exploração sexual. 

Uma missão que nos supõe uma mística, um espírito de projetar-nos em realizações práticas que levem à libertação integral das mulheres, comprometidas na defesa de direitos, na busca de oportunidades de promoção e inclusão, e levando-nos a estabelecer estreitas relações de cumplicidade, desde o reconhecimento e a igualdade.

Conheça mais de nossa missão através do vídeo:






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sábado, 1 de junho de 2019

155 anos de Missão e Carisma Oblata

Em 1º de Junho nossa Congregação celebra 155 anos do inicio da Missão com as mulheres em contexto de prostituição. 

Após o contato com as mulheres enfermas no hospital São João de Deus, Padre Serra sentiu em seu coração que tinha que ajudar aquelas mulheres. Então pediu ajuda a Antonia, uma jovem mulher, que Pe. Serra sabia que ela tinha o perfil para poder ajudá-lo.

Não foi fácil iniciar esta missão, mas com perseverança, fé e dedicação Padre Serra e Antonia conseguiram iniciar o atendimento às mulheres recém saídas do Hospital, e hoje continuamos este caminho iniciado por nossos fundadores.

Confira mais da história de nossa missão neste vídeo:








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