quinta-feira, 29 de março de 2018

Você já pensou no convite que Jesus te faz?

Jesus nos dá o exemplo e levanta-se da mesa, ou seja, sai do seu lugar e aproxima-se dos discípulos para lhes lavar os pés. Este foi um gesto pleno de sentido, amor e entrega. 

Hoje Ele nos convida a fazermos o mesmo, sair de nosso lugar, nos aproximamos da outra pessoa, e, num gesto de muito amor e humildade, lhe lavar os pés. 

A celebração do dia de hoje nos convida a refletir sobre como estou vivendo o meu compromisso de servir a Deus que se revela nas minhas irmãs e irmãos. 































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terça-feira, 27 de março de 2018

Unção de Jesus em Betânia - João 12.1-11

No início da semana santa, o Evangelho de João, nos ajuda rezar a importância do amor e do perdão. Portanto, a casa de Marta, em Betânia é o lugar preferido de Jesus. Por que aí estão seus verdadeiros amigos: Lázaro, Marta e Maria. Nesta família de irmãos, possui lugar para partilhar a vida, descansar, curar as feridas e se refazer para continuar a missão.

Nestes dois versículos do evangelho de João, temos duas ações importantes; são duas mulheres apaixonadas por Jesus. Marta, que dá o melhor que tem de si, prepara o jantar e serve a mesa. Maria, pegou seu perfume valioso, e durante a ceia, e derramou sobre os pés de Jesus. São gestos de acolhida, amor, e cuidado com a vida do mestre. Maria ungiu Jesus, e o perfume se espalhou por toda casa.  Espalhou-se o perfume da acolhida, da bondade, da ternura, do respeito, da amizade profunda, da solidariedade, esta é a fragrância que a casa de Betânia compartilhou com Jesus.

E todos os anos, os Evangelhos nos recordam o ato destas grandes mulheres. Hoje, quais as mulheres que nos ajudam a recordar que estão ao nosso lado que nos ajudam a fazer memória da nossa cultura e tradição de fé?  Como resgatar em nossa vida os valores e atitudes que Jesus Redentor, veio para nos ensinar? Será que podemos aprender um pouco com Marta e Maria? 

Compartilho essa reflexão com você que também busca saciar seu coração em Deus. 

Jesus abre meu coração e todo meu ser de mulher consagrada para exalar o teu cheiro: de amor, compaixão e Misericórdia. 


Ir. Sirley da Silva, OSR


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sexta-feira, 23 de março de 2018

Vida e Missão de Madre Antonia - A serviço da Corte espanhola

Antonia tinha realmente um dom especial para a educação, e esta notícia chegou ao conhecimento da corte espanhola. Aos 26 anos foi escolhida pelo embaixador espanhol, Sr. Luiz López de la Torre Aullón, que a pedido da Rainha, o encarregou de encontrar uma boa preceptora  para suas filhas.

O embaixador conheceu Antonia quando era preceptora na casa dos marqueses de La Romana e ouvira falar muito bem dela na Suíça, assim como, elogios também em Friburgo e Lausane. Não era a primeira vez que ela recebia propostas de trabalho para ser educadora de famílias Reais, mas ela negou, pois, queria ficar com sua Mãe e tias cuidando do pensionato. 

O Sr. Dom Luiz, lhe fez a proposta para ser preceptora das jovens princesas; Amparo, Milagros e Cristina. Antonia aceitou este trabalho, que pela Divina Providência era a solução para sustentar sua família de forma mais apropriada, longe das tamanhas dificuldades que a vida apresentava. E assim, Antonia assina o contrato no dia 25 de janeiro de 1848 e seguia para a Espanha.

Sua mãe a acompanhou até Genebra para despedir-se dela e dizer–lhe adeus. Esperava alegremente poder visita-la um dia em Madrid. Elas não podiam nunca imaginar que aquele seria o seu último adeus.  Dona Susana falece de pneumonia enquanto Antonia estava em viagem. 

Em três dias perdeu sua mãe, a mulher que mais tinha amado e que mais a amou. Chegou à corte órfã e definitivamente só. A solidão, a pobreza e o desapego a preparavam para o encontro da sua vida, para a entrega e doação total.

Fonte: Antonia de Oviedo y Shöntal, 2004.
Duas Histórias... Um único caminho, 2010.
Para uma Juventude Livre. Padre Serra e Madre Antonia, 1985.





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quarta-feira, 21 de março de 2018

Discriminação racial – Uma luta pelo Respeito.

A luta contra a Discriminação e a violência racial, são temas da Campanha da Fraternidade deste ano, e de encontro, temos um reforço que é o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial no dia 21 de março. Esta data faz memória à tragédia do “Massacre de Shaperville”, em 1960, na cidade de Joanesburgo, na África do Sul, onde tropas do exército abriram fogo sobre a multidão de 20 mil negros que protestavam pacificamente contra a Lei do Passe, matando 69 pessoas e ferindo outras 186.

Ao lembrar esta tragédia, voltamos nosso olhar a todo o tipo de violência que presenciamos em nossa sociedade atual, e a Campanha da Fraternidade nos convida refletir este tema e buscarmos possíveis formas de promover a não violência racial, trazendo em seu texto-base uma reflexão sobre a violência racial das diferentes formas.

“A violência racial no Brasil é uma situação que faz supor uma forte correlação entre as três formas de violência (direta, estrutural e cultural). Os casos de violência direta parecem ser o resultado mais concreto e evidente de questões socioeconômicas históricas, além de deixarem entrever representações culturalmente produzidas e já naturalizadas a respeito da população negra, do índio, dos migrantes e, mais recentemente, também do imigrante”.

Infelizmente em pleno século XXI ainda há pessoas que acreditam que existem raças e grupos superiores a outros. É uma mentalidade onde a pessoa julga que quem não faz parte de sua raça ou não possuem as mesmas características, é inferior a ela.
Em nosso país os casos de Discriminação racial acontecem de diversas formas, as ações e pensamentos preconceituosos e de ódio são proliferados e divulgados como algo normal e a ser seguido. As redes sociais se tornaram um meio aonde as pessoas escracham seu preconceito, e velam ou rotulam como “brincadeira”.
É importante lutarmos contra a discriminação, não podemos ver estas ações e ignorar. Aos olhos de Deus somos todos iguais e irmãos. As instâncias sociais precisam aprender; incentivar e promover o respeito a toda pessoa, raça, origem e cultura. É preciso gerar a cultura da vida! Vida em abundância, em que o amor de Deus nos faz sermos pessoas melhores e construtores de um mundo melhor.


O que você pode fazer para mudar esta realidade? Pense nisso! 

Texto: Paula Araújo
Fonte: Texto Base Cf 2018



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segunda-feira, 19 de março de 2018

50 anos de Vida Religiosa - Uma aliança de amor e fidelidade ao Senhor

Hoje, dia 19 de março, celebramos Bodas de Ouro de Irmã Amélia Cesconeto. Em entrevista, ela nos conta um pouco de sua caminhada vocacional.

PJ - Como foi sua experiência vocacional?
Ir. - Eu entrei direto, foi um pulo no escuro. Eu tinha 19 anos e queria ser Freira. Os padres da região que eu morava me perguntavam se eu queria ser freira? E eu sentia algo dentro de mim, mas eu sempre falava que não. Por quê? Porque eu era muito apegada a minha família, que muito unida, e sentia uma certa dificuldade de separar.

 Eu ainda continuava a sentir algo dentro de mim, mas sempre falava que não. Mas em 1964 meu irmão veio dizendo que umas Irmãs passariam numa determinada região do Espírito Santo, para buscar jovens que estavam no juvenato em Belo Horizonte e avisaram que e se alguma jovem,  adolescente quisesse ir para o colégio que elas levaram.
     
Senti que devia ir, aí falei com meus pais e eles concordaram. E fui encontrar com as irmãs, mas eu não conhecia nada sobre elas, mas fui. Fiquei 5 meses em Belo Horizonte, o juvenato era uma espécie de escola, de internato, onde meninas de 12 a 14 anos convivam com as Irmãs e estudavam. Depois de 5 meses em BH, fui para São Paulo para o Postulantado, a partir daí      começou a formação para a vida Religiosa e no dia 19/03/1968, fiz minha profissão religiosa em 
São Paulo.

PJ - O que mais te marcou nesses 50 anos de vida Consagrada?
Ir. - Ver o crescimento e transformação das pessoas com as quais a gente trabalhou e trabalha, é               Gratificante. Eu amo Realmente o nosso Carisma e nossa missão. Me sinto muito bem estar e 
       trabalhar com as mulheres. 

PJ -A missão Oblata:
Ir. - Acho que a missão da Congregação é o fundamento para nós. Primeiramente, o suporte de Deus, pois sem Ele não somos nada. Se Deus chama, ele nos envia a uma missão e dá o suporte para isso. A presença viva de Deus na vida da Gente é muito, para esse trabalho, que é desafiante, não é fácil, mas fazemos com muito amor, o amor de Deus na vida da Gente é tudo. Faz a gente partir pra uma ação.

PJ -Ser Oblata:
Ir - É uma graça de Deus

PJ - Trabalho com a mulher:
Ir É Tudo na vida.
PJViver em comunidade:
Ir Fundamental

PJ- Vocação: 
Ir - Dom de Deus.

PJ- Juventude:
Ir - Toda Vida, a Vida Toda.

Mensagem para as Jovens:
Jovem, Se você sentir o desejo de seguir a Jesus, mais de perto, se entregando a uma vida consagrada, Acredite! E se coloque na mão de Deus, que ele vai conduzindo a sua vida.


É preciso pensar na superação da Violência

Havia pensando em escrever falando um pouco das conquistas das mulheres, desse fenômeno que toma as ruas com mulheres feministas, diferentes frentes, lutas diversas, com bandeiras que se divergem, mas onde a sororiedade impera diante dos corpos de tantas mulheres vitimadas pela violência do feminicídio.

Diante dos últimos acontecimentos fiquei questionando, se falar de conquista agora realmente faz sentido. Sim, estou pensando na Morte de Marielle Franco e Anderson Gomes que foram vítimas de um assassinato brutal, esse foi o assunto mais comentado por onde se passava, a notícia ultrapassou as fronteiras do nosso país motivo pelo qual não adentrarei em detalhes. Mas também estou pensando em todos os homens e mulheres que tiveram suas vidas ceifadas por esse sistema caótico do qual estamos. E é por eles que não vou fazer o recorte das conquistas das mulheres. Esse é um tempo de grande luta. Estamos começando e recomeçando alimentados pela esperança na certeza que assim não é possível continuar, queremos outra sociedade, precisamos divulgar fazer visível a solidariedade.

A Violência assola a todos e aqui quero fazer questão de frisar que estou falando na amplitude da palavra, nas suas mais profundas vertentes, essa ferida que aterroriza e paralisa o ser humano nas ações mais comum do cotidiano, o sujeito limita-se a fazer apenas o que precisa ser feito. Ousaria perguntar se você não tem evitado sair à noite? Se faz uso do celular tranquilamente na rua? Se ao estacionar o carro antes de sair não dá uma olhada em torno independente do lugar onde estaciona? No transporte público está sempre atento ao embarque e desembarque de passageiro? Poderia seguir fazendo questionamentos dentro desta linha e caso você nunca tenha passado por isso, conhece alguém que faz. 

A questão maior é que acostuma-se a viver com insegurança. Ouvindo uma mulher Síria no Fórum Social Mundial que aconteceu em Salvador de 13 a 17 de março de 2018, em uma das Tendas Temáticas recordo que a mesma dizia assim: “Quando a guerra começa você se assusta tanto que não quer sair de casa para nada, o medo não permite que as crianças possam ir à escola. Os barulhos das bombas, dos tiros te estremecem a cada segundo, mas o tempo passa e como não termina você se acostuma e já passa a sair normalmente.” 

Existe uma musica música de Padre Fabio de Melo intitulada com o nome de: "Já Me Acostumei" e vou apenas citar a primeira estrofe, creio que seria interessante ouvir toda depois e buscar a letra completa. A estrofe diz assim: Já me acostumei com a falta de caridade/ já me acostumei com os gestos de Barrabás/ já me acostumei com toda certeza/ Pois a natureza do insano me atingiu.

A mulher Síria tem razão, acostuma-se, tristemente se acostuma a conviver com a dor, a miséria, o sofrimento, o medo, o descaso público, a viver a margem, a entender que a violação de direitos se naturaliza. Acostuma-se assistir uma notícia sem o compromisso com a verdade, e completamente parcial. Acostuma-se a ver a violência doméstica como caso particular do casal, ao feminicídio como problema de mulher, estupro a culpa é sempre da vítima, violência institucional, psicológica, patrimonial se acostuma olhando a estática. 

O que refletir depois de ouvir essa mulher Síria, pensar nesta música e olhar a violência que também machuca tanta gente neste país, mas pensar nas suas maiores vitimas, as mulheres me causou um estranho silêncio, fiquei pensando no tema da Campanha da Fraternidade deste ano: Fraternidade e a Superação da Violência e no Lema: Em Cristo somos Todos Irmãos (MT, 23,8).

Não basta denunciar as violências, é preciso pensar em uma maneira de superar, criar redes de prevenção. Aliás, precisamos seguir denunciando sempre, mas faz se necessário o combate à violência na raiz; enquanto escrevo esse texto sei que em algum lugar do mundo tem uma mulher morrendo pelo simples fato de ser mulher e a denuncia aqui é fundamental. Porém temos que discutir sobre violência nos lugares onde estamos levar os homens a se perceberem dentro deste contexto. 

Vivemos em uma sociedade Patriarcal, Machista, sexista a violência precisa ser compreendida dentro deste sistema. O Brasil de hoje não é o Brasil do passado, mas o controle do homem sobre a mulher persiste na memória social - explica Lia Zanotta do departamento de Antropologia da universidade de Brasilia(UnB).

“No Brasil República, as leis continuaram reproduzindo a ideia de que o homem era superior à mulher. O Código Civil de 1916 dava às mulheres casadas o status de “incapazes”. Elas só podiam assinar contratos ou trabalhar fora de casa se tivessem a autorização expressa do marido.”

Não poderia terminar esse escrito sem dizer que a taxa de feminicídio no Brasil é a quinta maior do mundo, as mulheres seguem sendo mortas pelo simples fato de ser mulher. A educação será uma aliada na superação da violência. Paulo Freire dizia: É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática. 

A superação virá com a desconstrução, e para isso homens e mulheres precisam acreditar que ambos têm o mesmo direito à liberdade. Finalizo com Simone de Beavouir; Que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância, já que viver é ser livre.

#Paremdenosmatar

Ir. Ana Paula Assis, OSR


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sexta-feira, 16 de março de 2018

Um exemplo de vocação

Oh, admirável Madre Antônia que sofreste a dor das dificuldades da vida,
Mas, que se consolou em Jesus Cristo e em Nossa Senhora do Bom Conselho para superar os momentos difíceis.
Buscou viver sua vocação, na simplicidade.
Desde jovem consagrou inteiramente sua vida a Deus.

Ela sentia um chamado para algo maior.
Entregar-se a serviço dos mais pobres.
Mal ela sabia que os planos do Senhor eram mais fortes e profundos...

Escutou o chamado do Redentor,
e se deparou com uma missão fora de sua realidade.
Com a mulher em situação de Prostituição.
E veio o conflito, a dúvida, o medo e o preconceito.

Novamente aos pés da Mãe do Bom conselho,
Vê com clareza sua vocação.
“Uma filha que não ouve Mãe, não é uma boa filha!”
E o que fazer diante da Resposta?
O coração estremeceu, Era hora do Sim!
E Antonia respondeu com serenidade e firmeza.
Abandonou tudo para comprometer-se
com as mulheres que desejavam sair da prostituição.

Vocação acertada e feliz é o exemplo de Antonia para nós.
Quando se trata de vocação, temos que ouvir a voz de Deus em nosso coração.

Ó Madre Antônia da Misericórdia,
Ensina-nos a caminhar na vida e escutar a voz do Senhor.

Interceda para que nosso coração seja humilde,
Que possamos viver cada passo da descoberta da vocação
Com alegria, maturidade e paz.

Que assim seja!

Adaptação da poesia “Madre Antônia, exemplo de amor” 
por: Paula Araújo.





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quarta-feira, 14 de março de 2018

Vida e Missão de Madre Antonia – Propostas de Casamento

Antonia foi uma jovem de beleza admirável, grande elegância e delicadeza.
Assim, suscitava grandes amores e ao longo da vida, foi pedida em casamento por:

  • Um marquês
  • Um amigo de infância
  • Um conde
  • O secretário da rainha Maria Cristina de Boubon,
  • Um rico parisiense.

Mas ela lutou para combater o amor humano e permanecer fiel ao seu propósito de ser toda de Deus. Assim anotou no seu retiro:

“Coloca-te, Tu mesmo, como forte defesa para guardar o meu coração. A fasta dele tudo o que não seja para Ti, que rompa sempre e sem demora todo afeto que ocupe excessivamente e o afaste de Ti. Maria, virgem Imaculada, presta ouvidos à minha súplica. Não me deixes, porque sozinha cairei”.

Fonte: Antonia de Oviedo y Shöntal, 2004.





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segunda-feira, 12 de março de 2018

Juventude e Violência

JUVENTUDE E VIOLÊNCIA 

A juventude, na condição de mais prejudicada entre os prejudicados, tem um papel crucial no processo de transformação. Não porque é futuro do planeta, mas porque, agora mesmo, no presente, tem sido agredida diariamente pelas mais diversas faces dessa lógica perversa que eleva o lucro sobre a vida, prioriza o consumismo em detrimento do bem estar, valoriza o individualismo e a competitividade contra a coletividade e a cooperação e, o que é pior, convence muita gente de que “não tem jeito mesmo, sempre foi assim e continuará sendo”. 

Sendo a mais prejudicada entre os prejudicados, a juventude não pode esperar que alguém faça algo por ela ou para ela. Por mais que aconteçam ações em benefício da juventude que não tenham sido construídas e/ ou executadas por ela mesma, só se pode esperar mudanças efetivas se a própria juventude participar. 

E a participação não será concedida. Ela precisa ser uma conquista, fruto da organização. Inúmeros exemplos de conquistas que vieram da organização popular poderiam ser citados. Elegendo uma importante conquista latino-americana no campo da educação (já é senso comum que o combate à violência passa pelo investimento em educação), lembra-se: em 2008, a Bolívia alcançou a condição de território livre do analfabetismo, tendo sido o terceiro país da América Latina a fazê-lo. O primeiro foi Cuba, em 1961 e, quatro décadas depois, a Venezuela, em 2005. Entretanto, é evidente que os desafios pela frente ainda são enormes. Se a África é o continente mais pobre financeiramente do mundo, a América Latina é a região (subcontinente) mais desigual. Assim, não é por acaso que “os jovens latinos americanos entre 15 e 24 anos são os que mais correm risco, em todo mundo, de ser assassinados”. E o Brasil, atrás de Colômbia e Venezuela, é o 3º país com mais assassinatos de jovens no mundo. Isso se deve a uma taxa de 51,7 homicídios para cada 100 mil jovens. Taxa essa que entre 1994 e 2004 cresceu a um ritmo maior que o número de assassinatos entre a população total. 

Outra informação a esse respeito revela o caráter histórico da perversidade: em cada grupo de dez jovens de 15 a 18 anos assassinados no Brasil, sete são negros. Paralelo a isso, constata-se que mais de uma em cada cinco pessoas da população jovem não estuda nem trabalha. A situação é urgente, chegou ao limite. "A violência não tem só idade. Tem cor, raça, território. As vítimas são os negros, os pobres, os moradores de favelas", afirma a psicóloga Cenise Monte Vicente. Portanto, importa que a mudança aconteça de baixo para cima (até porque se não for assim não será uma mudança) na medida em que as próprias vítimas vão tomando consciência de que seus dramas não acontecem isolados. Pelo contrário, se articulam numa estrutura mais ampla, que assegura a continuidade de sua aflição como condição para manter os privilégios de uns poucos.

Fonte: A Juventude quer viver (Mossoró, RN : PJMP; Diocese de Mossoró, 2012.) 



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sexta-feira, 9 de março de 2018

Mulheres da Bíblia - Miriam, a profetiza.


A Irmã de Moises, Mirian, é lembrada como uma das líderes da libertação do povo do Egito. Ela é chamada com esse nome no Livro do Êxodo em algumas traduções da bíblia, em outras, como a Bíblia da CNBB, sempre a citam como Maria: Maria, a profetisa, irmã de Aarão, apanhou um tamborim, e atrás dela saíram todas as mulheres tocando pandeiro e dançando, enquanto Maria lhes repetia:



“Cantai ao Senhor porque estupenda foi a vitória:
cavalo e cavaleiro ele jogou no mar!”

Miriam é a primeira mulher a ser chamada profetisa na Bíblia. Assim, ela se torna referência de tradição profética das mulheres no Antigo e no Novo Testamento.

O Livro do Deuteronômio afirma que Moisés era o maior dos profetas e, por causa disso, sua irmã tornou-se a primeira e a maior das profetisas. A profetisa é uma mulher que age como porta voz de Deus, recebendo a mensagem dele e proclamando-a de acordo com seu desígnio para o povo.

Poucas mulheres do Antigo Testamento receberam esse título honroso. Nesse grupo estão incluídas Débora e Hulda. O Senhor Deus fala a seu povo por meio delas. 

A profetisa Miriam, irmã de Moisés e de Aarão, era importante na vida litúrgica do povo. Nas liturgias antigas todo o povo participava, tocando instrumentos, cantando e dançando. Nessa tradição, as mulheres profetisas criavam cânticos de louvores e lideravam o povo na dança litúrgica. 
O capítulo 15 de Êxodo apresenta o cântico de Miriam:

Minha força e me canto é o Senhor,
ele foi para mim a salvação.
Ele meu Deus, eu o glorificarei;
o Deus de meu pai, eu o exaltarei;
O Senhor é um guerreiro, seu nome é Senhor [...].
Tua direita, Senhor, majestoso em poder,
tua direita, Senhor, destroça o inimigo.
Com tua grande majestade arrasas o adversário,
desencadeia teu furor, que os consome como palha.
Ao sopro de tua ira amontoaram-se as águas,
as ondas ergueram-se como um dique,
as vagas congelaram no coração do mar [...]
Quem entre os deuses é como tu, Senhor?
Quem como tu, magnifico na santidade,
terrível nas proezas, autor de prodígios?
[...] Guiaste com amor o povo que resgataste,
 Conduziste-o com poder á tua morada santa.

O cântico de Miriam faz parte de uma longa tradição que inclui os cânticos de Débora e de Ana, a mãe de Samuel, e celebra o grande amor de Deus para com seu povo.

Texto com adaptações.
Fonte: Mulheres da Bíblia – Paulinas 2004.



👱Miriam foi uma mulher a frente de seu tempo, que com seu jeito de ser e através de cânticos,tornou-se uma porta voz de libertação e salvação de um povo. E você, em sua realidade, o que mais te chama atenção nesta história e o que você percebe em um comum em sua vida?









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quarta-feira, 7 de março de 2018

Vida e Missão de Madre Antonia - Primeiros trabalhos

Ainda muito jovem Antonia se deparou com uma oportunidade de ajudar de alguma forma sua mãe, e com 14 anos ela se torna professora de uma menina de família nobre, ensinando-lhe as primeiras letras e preparando-a para primeira comunhão. Depois dessa experiência, com 16 anos e completada a primeira formação, chegou a hora de Antonia partir à procura de trabalho, vencendo os sentimentos que a ligavam à família.

Antonia recebe o convite para ser educadora de Rosália, filha do dos marqueses de la Romana. Por conta deste trabalho teve que se distanciar de sua mãe. Com a família que trabalhara mudou-se primeiro de Genebra à Milão, depois a Florença. Não obstante a sua pouca idade, a vida exigia que fosse já plenamente mulher e começou a tornar-se mulher na solidão e no desapego.

Por volta do ano 1840, aos 18 anos, Antonia deixou a casa dos marqueses e retorna a Suíça para viver com sua mãe e suas tias, e juntas decidem abrir um pensionato para hospedar moças e contribuir com sua educação, trabalhando como professora, sua verdadeira profissão.

Mas a tempestade revolucionária atinge a Suíça e o pensionato que prosperava tanto, teve que encerrar suas atividades devido a uma série de dificuldades ocorridas por causa de vários conflitos acontecidos neste período.

Fonte: Antonia de Oviedo y Shöntal.
Duas histórias… um único Caminho.




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