quinta-feira, 3 de março de 2016

Somos chamadas e chamados à misericórdia


Deus é misericórdia e nos convida para viver e praticá-la. Este é um chamado divino, de amor, e tem sido um tema muito significativo na espiritualidade cristã. Por esta razão, a imagem do coração misericordioso de Jesus é muito exaltada e divulgada em novenas, terços e pregações. No entanto, nestes últimos anos, esta misericórdia ganhou novos contornos. Da bonita imagem  de Cristo, com dois fachos de luzes lançados de suas mãos, passamos para ações concretas, para a nossa ação eclesial.

Em primeiro lugar, passou-se a destacar a imagem de Cristo compassivo com os pobres e que se inclina diante deles para socorrê-los, afagar suas dores e acalentar seus sofrimentos; a Igreja, que se aproxima dos seus filhos adorados para trazer-lhes o bálsamo da paz e da bondade, é a manifestação concreta da ternura divina.

Em segundo lugar, a pastoral da Igreja tornou-se mais afetuosa e menos julgadora de seus filhos em situações irregulares, sobretudo em questões sacramentais.

Convite divino para o povo
Por meio de uma frase do evangelho de Lucas, "sede misericordiosos com o Pai", o papa Francisco nos convida para iniciar um novo Ano Santo. Trata-se de um acontecimento inédito na história da Igreja, quando um papa nos convida para viver um ano santo a partir de um projeto de espiritualidade para renovar nossas posturas espirituais diante dos irmãos.

A misericórdia é a força piedosa de Deus e tem suia primeira expressão na direção vertical. Falamos assim de uma atitude de Deus para conosco. Ele se revela generoso para nós, "miseráveis" e pecadores. Ele não nos pune conforme nossos pecados, mas nos abraça com sua bondade.

A dimensão horizontal deste convite é sermos igualmente generosos com nossos irmãos e não colocarmos seus pecados diante de nossos olhos, pois Deus não nos trata assim; antes, Ele nos olha com atenção e carinho.

Em terceiro lugar, a Igreja pede a generosidade para o serviço na comunidade, para servir os mais pobres, evangelizar os povos e acolher os abandonados. Esta é a atitude primordial de todos os fiéis. Abre-se  aqui o convite vocacional para toda juventude, disposta a dedicar sua vida à vocação religiosa e sacerdotal, com seus dons mais precioso.

Fonte: Revista Rogate jan/fev 2016

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