sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Um lugar para Jesus

Nem o melhor poeta ou o mais  famoso escritor conseguiria descrever, com a simplicidade e a objetividade do evangelista São Lucas, o que aconteceu na noite de Natal: “Enquanto (José e Maria) estavam em Belém, completaram-se os dias para o parto, e Maria deu à Luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2,6-7).

Essa criança já tinha um nome, pois, a Anunciação, o Anjo Gabriel tinha dito: “Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus” (Lc 1,31). E quem era Jesus? Segundo o Anjo Gabriel, “Ele será chamado Filho do Altíssimo”; ocupará o trono de Davi, seu pai; “reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seu reino não terá fim” (ver Lc 1,32-33). Para José, o Anjo do Senhor havia até explicado a razão da escolha do nome Jesus: “Tu lhe porás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados” (Mt 1,21).

O Filho do Altíssimo, o novo ocupante do trono de Davi, aquele cujo reino não terá fim, o que foi esperado durante longos séculos pelo povo de Israel, foi colocado em uma manjedoura. A natureza mineral dava ao Filho do Altíssimo uma gruta; o mundo animal lhe emprestava o tabuleiro onde era colocada sua comida; na cidade dos homens, contudo, não havia lugar para o Filho do Altíssimo.

Refletindo sobre a constatação: “Não havia lugar para eles na hospedaria”, o Papa emérito Bento XVI observou: “De algum modo, a humanidade espera Deus. No entanto, quando chega o momento, não tem lugar para Ele. Ela está tão ocupada consigo mesma, sente uma necessidade tão imperiosa de dedicar todo o espaço e todo o tempo para as próprias coisas, que não resta nada para o outro: para o próximo, para o pobre, para Deus. E quanto mais ricos se tornam os homens, tanto mais preenchem tudo de si mesmos” (24/12/2007).

Felizmente, a cena do Evangelho do Natal não termina com a afirmação “Não havia lugar” para ele! Houve pessoas que o acolheram. Maria, por exemplo, havia-se preparado para o nascimento de seu Filho: envolveu-o com faixas; José já começou a acolhê-lo quando, em sonhos, ouviu o Anjo lhe pedir que não tivesse receio de receber Maria como sua esposa, pois o que nela tinha sido gerado era obra do Espírito Santo (ver Mt 1,20).

Jesus foi acolhido por pastores dos arredores de Belém, segundo a descrição do evangelista Lucas: “Naquela região havia pastores...”. Tendo visto anjos do Senhor envolvidos em luz e tendo ouvido seu anúncio - “Nasceu para vós um salvador... Encontrareis um recém-nascido envolvido em faixas e deitado em uma manjedoura...” -, os pastores foram a Belém. Com sua decisão de ir ao encontro  do Salvador, eles passaram a  representar todos aqueles que, ao longo dos séculos, acreditariam nos sinais de Deus e se voltariam para Seu Filho. Mais tarde, Jesus seria acolhido também  pelos Magos do oriente: que reconheceram sua divindade, prostraram-se diante dele e o adoraram, presenteando-o com os seus dons.

No Natal, dando-nos Seu Filho muito amado, o Pai vem ao encontro da humanidade – isto é, vem ao encontro de cada um de nós, para que nos tornemos Seus filhos e filhas. Essa certeza levou o Papa Leão Magno (440 – 461) a proclamar: “Reconhece, cristão, tua dignidade!”.

Os primeiro cristãos, ao olhar em redor de si, tomavam consciência do mal, do pecado e de inúmeras manifestações de egoísmo, e se perguntavam: “Afinal, que novidade trouxe o Senhor em sua vinda ao mundo?”. E eles mesmos respondiam: “Jesus trouxe toda a novidade, trazendo-se a si mesmo” (Santo Ireneu). Jesus Cristo é a grande novidade do mundo. Aceitando-o como Senhor de nossas vidas, também para nós começa uma nova época, uma nova história.

Com o carinho de Maria, com a fé profunda de José, com a alegre expectativa dos pastores, vamos, pois, acolher aquele que nasce em Belém. A cidade de Belém é a cada de cada um de nós; é nosso coração; é o altar onde Cristo se oferece por nós e conosco ao Pai. Hoje “nasceu para nós um menino” (Is 9,5). Hoje nasceu para nós o Salvador. 

Bem vindo menino Jesus!

Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ
Fonte: Revista Mensageiro:  Seção Meditação – dezembro 2014

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Então é Natal!



Com essa Música, queremos desejar à todos 
os nossos leitores e leitoras um Santo Natal!
Cheio de alegria, amor, harmonia e muita Paz!

Grande Abraço,
Equipe SAV Oblatas

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Mistério do Amor: O natal segundo Santo Afonso

A espiritualidade do natal, segundo Afonso, é de alegria e festa. A encarnação de Jesus Cristo é um mistério maravilhoso que une céu e terra. O verbo se faz carne e diviniza a humanidade, penetra-a com seu poder. Natal é graça. Não uma graça que Jesus conserva para si mesmo. É uma graça que, ao comunicar-se e doar-se, revela toda sua grandeza. “Um menino nos foi dado”; “o verbo se fez carne e veio habitar no meio de nós”; “nascei-nos um salvador”, Para nós, no meio de nós, em nós. É um presente de Deus a cada um e a toda humanidade. Jesus quer inserir todos na família de Deus. Humanizou-se para que homens e mulheres pudessem divinizar-se.

Afonso vê o natal como mais uma manifestação de amor: “O verbo eterno veio ao mundo para fazer-se amar por nós. É este todo seu desejo. Deus Pai mandou Jesus sobre a terra para que ganhasse o nosso coração mostrando que nos ama. Deus Pai não nos admite à felicidade eterna se nossa vida não for conforme a de Jesus. Mas só chegaremos a esta conformidade se nos aplicarmos a considerar o amor que Jesus manifestou a nós”: O santo é lógico. Deus nos ama se amarmos Jesus, perdoa-nos e usa de misericórdia conosco se estivermos unidos a Jesus. Sem Jesus estamos perdidos. O culto ao Verbo encarnado deve estar em primeiro lugar entre nossas devoções. “Muitos se dedicam a tantas devoções e esquecem exatamente esta. Os pregadores falam pouco do amor a Jesus, a principal, a única verdadeira devoção dos cristãos”. É um amor que se revela de maneira especial em três momentos bem precisos: encarnação, paixão e eucaristia. Como se não bastasse nascer para salvar-nos, Cristo morre e deixa o sacramento de seu sacrifício na cruz. É na eucaristia que fazemos o nosso encontro com Cristo. Ali ele está realmente. Quando comungamos acontece uma fusão, sem confusão, entre nós e o Verbo de Deus feito homem. Afonso se encanta diante do presépio, mas nunca esquece o desdobramento da vida de Jesus. O encarnado é também o crucificado e ressuscitado que se dá no sacramento do altar, mais um a “intervenção de amor”.

O natal nos coloca no coração do mistério da nossa fé e da nossa adesão a Jesus. “O amor quer ser amado”. Para vivê-lo bem não basta enfeitar a nossa casa, comprar presentes para os amigos, fazer uma bela ceia. Tudo isso é supérfluo. Sabemos que Cristo estará ausente de muitas ceias. Muitos nem se lembrarão do “aniversariante”. E lá fora Herodes continuará a matança dos inocentes. Por isto devemos enfeitar o nosso coração para receber o menino-Deus. Como fazê-lo? Deixando de lado o egoísmo e pensando nos irmãos.

Comprometendo-nos com a vida de Cristo. Assumindo os valores do Reino em nosso cotidiano. Fazendo nossa “a causa” de Jesus. Natal não é receber, é dar. Não são presentes. É “presença” de Jesus no meio de nós. É proclamar que apesar de todos os problemas e desilusões do mundo, nada nos faz esquecer que o Filho de Deus visitou seu povo e se mostrou aos homens e mulheres de seu tempo. E nós também somos convidados a participar desta visita. É sonhar o sonho de Jesus e acreditar que, apesar de tudo, vale a pena apostar em sua proposta, porque só ela é salvação para o mundo. Tudo isto acontecerá se o Deus-menino nascer em nós, de verdade, pra valer. Como dizia um místico medieval: “Cristo pode nascer mil vezes Belém, se ele não nascer pelo menos uma vez em nosso coração, jamais saberemos o que é o natal”. É assim que Afonso nos convida a viver este mistério maravilhoso de amor e graça. Do céu ele nos diz: Contemplem Jesus no presépio e deixem-se tocar por seu mistério. Assim Ele realizará todos os desejos do seu coração, muito além de suas expectativas. Feliz Natal!

Pe. Carrara, C. Ss.R. - Roma
Fonte: Revista Akikolá – Redentoristas do Leste em Notícias
 – Ano 20 – nº10 – Dezembro de 2002

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Isaías





O Autor deste lindo poema, inspirado no profeta Isaías, canta a chegada de um novo tempo, onde Deus nos surpreende com a sua presença. Rezando este hino sinto, que Deus-conosco o Emanuel convoca cada um@ de nós para ser profetas e profetizas, de um novo tempo. Hoje Isaías pode ser cada uma de nós.




quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Símbolos do Natal: Árvore

Muito antes de existir o Natal, os egípcios traziam galhos verdes de palmeiras para dentro de suas casas no dia mais curto do ano em dezembro como um símbolo de triunfo da vida sobre a morte. 

No mundo, milhões de famílias celebram o Natal ao redor de uma árvore. A árvore, símbolo da vida, é uma tradição mais antiga do que o próprio Cristianismo, e não é exclusiva de uma só religião.

A árvore de Natal é um pinheiro, árvore resistente ao frio do inverno, não perde suas folhas durante o ano todo. Permanece sempre viva e verde, simbolizando que Jesus é a verdadeira árvore da vida e seu reino supera todos os outros reinos. Assim também, nossa fé, como o pinheiro deve suportar todas as adversidades. O verde nos lembra à esperança da vinda do Messias que está para nascer. “É a árvore da vida para os que o colhem e felizes os que a retêm”. (Prov. 3, 18). 

Na tradição católica o pinheiro foi escolhido por sua forma triangular, que representaria a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.

Já o costume de ornamentar a árvore pode ter surgido do hábito que os druidas tinham de decorar velhos carvalhos com maçãs douradas para as festividades deste mesmo dia do ano.

A primeira referência a uma "Árvore de Natal" é do século XVI. Na Alemanha, famílias ricas e pobres decoravam árvores com papel colorido, frutas e doces. Esta tradição se espalhou pela Europa e chegou aos Estados Unidos pelos colonizadores alemães. 

Logo, a árvore de Natal passou a ser popular em todo mundo. As bolinhas e enfeites coloridos colocados na árvore de Natal simbolizam a diversidade das boas ações que somos capazes de fazer, a fim de permanecermos unidos a Cristo. Cada enfeite deveria ser a expressão de um bom ato que fazemos na preparação de nosso coração para o Natal. “É pelo fruto que se conhece a árvore.” (Mt 12, 33).

Segundo a tradição alemã, a decoração de uma árvore de natal deve incluir 12 ornamentos e seus significados  para garantir a felicidade de um lar. São eles:
  • Casa: proteção
  • Coelho: esperança
  • Xícara: hospitalidade
  • Pássaro: alegria
  • Rosa: afeição
  • Cesta de frutas: generosidade
  • Peixe: benção de Cristo
  • Pinha: fartura
  • Papai Noel: bondade
  • Cesta de flores: bons desejos
  • Coração: amor verdadeiro

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Símbolos do Natal: Presépio

O presépio é talvez a mais antiga forma de caracterização do Natal. Sabe-se que foi São Francisco de Assis, na cidade italiana de Greccio, em 1223, o primeiro a usar a manjedoura com figuras esculpidas formando um presépio, como o conhecemos hoje. 

A idéia surgiu enquanto lia, numa de suas longas noites, um trecho de São Lucas que lembrava o nascimento de Cristo. Resolveu então montá-lo em tamanho natural, numa gruta da cidade. O que restou desse presépio encontra-se atualmente na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. A Sagrada Família, os reis magos, os pastores, as ovelhas, o boi e a vaca, são símbolos desta noite de alegria, e também da humildade e dos futuros sofrimentos de Cristo. 

Os pastores foram os primeiros adoradores de Cristo. Ligados a eles, estão os carneiros, mansas criaturas muitas vezes usadas para simbolizar a humildade de Cristo como o Divino Pastor. Nessa mesma noite sagrada, uma estrela andou pelo céu e se localizou em cima da manjedoura, transformando-se no símbolo do divino guia. Deus dirigiu por intermédio dela quem quis acreditar no nascimento de seu filho. 

O boi e a vaca, figuras sempre presentes no presépio, ilustram a humildade de todas as criaturas do mundo, reconhecendo e homenageando Cristo como filho de Deus. Três reis também foram saudar o recém-nascido. Os homens sábios, ou magos, visitaram a manjedoura depois do nascimento; levados pelo Divino guia. Sua visita foi profetizada na Bíblia no salmo 71 e em Isaías 60, como reis levando presentes de incenso, ouro e mirra para o Salvador.


Fonte: http://www.padrereginaldomanzotti.org.br/especial_natal/presepio.html

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Símbolos do Advento: Coroa ou Guirlanda

Desde a sua origem a Coroa de Advento possui um sentido especificamente religioso e cristão: anunciar a chegada do Natal, sobretudo às crianças, preparar-se para a celebração do Santo Natal, suscitar a oração em comum, mostrar que Jesus Cristo é a verdadeira luz, o Deus da Vida que nasce para a vida do mundo. O lugar mais natural para o seu uso é a família. 

Entre os símbolos do Advento, está a coroa ou grinalda. Uma guirlanda pendurada na porta de casa indica a presença do Menino Jesus naquele lar. Em muitos países se faz durante o advento com ramos de pinheiro, ou de galhos verdes entrelaçados, formando um círculo; nele são colocadas quatro velas representando as quatro semanas do Advento. A cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da salvação. Começa no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela e à medida que vão passando os domingos, vamos acendendo as outras velas, até chegar o 4º Domingo, quando todas devem estar acesas. As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa alegria. Elas são acesas em honra de Deus que vem a nós. Deus, a grande Luz, "a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo", está para chegar, então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz.

A Coroa de Advento tem a sua origem em uma tradição pagã européia. No inverno, acendiam-se velas que representavam o “fogo do deus sol”, na esperança de que a sua luz e o seu calor voltassem. Os primeiros missionários aproveitaram esta tradição para evangelizar as pessoas. Partiam de seus costumes para anunciar-lhes a fé. Pelo fato de se tratar de uma linguagem simbólica, a Coroa de Advento e seus elementos podem ser interpretados de diversas formas. Ela também possui um forte apelo de compromisso social, de promoção das pessoas pobres e marginalizadas. Trata-se de acolher e cuidar da vida onde quer que ela esteja ameaçada. Podemos dizer que a Coroa de Advento constitui um hino à natureza que se renova, à luz que vence as trevas, um hino a Cristo, a verdadeira luz, que vem para vencer as trevas do mal e da morte. É, sobretudo, um hino à vida que brota da verdadeira Vida.

A coroa apresenta símbolos: 
Forma circular - O círculo é símbolo do amor de Deus que é eterno, sem princípio, sem fim; também do nosso amor a Deus e ao próximo que nunca deve terminar. Além disso, o círculo dá uma ideia de união entre Deus e as pessoas, como uma grande “Aliança”. 

Ramas verdes - Os ramos verdes que enfeitam o círculo costumam ser de abeto ou de pinus, de ciprestes. É símbolo nórdico. Não perdem as folhas no inverno. É, pois, sinal de persistência, de imortalidade, de vitória sobre a morte, o Verde é a cor da esperança e da vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna.

Para nós no Brasil este elemento é um tanto artificial e, por isso, problemático, menos significativo, visto que celebramos o Natal no início do verão e com isso não vivenciamos esta mudança da renovação da natureza. Por isso, a tendência de se substituir o verde por outros elementos ornamentais do círculo: frutos da terra, sementes, flores, raízes, nozes, espigas de trigo.

Quatro velas - Simbolizam as quatro semanas do Advento. No início, a coroa sem luz recorda-nos a experiência de escuridão do pecado. Na medida em que se aproxima o Natal, vamos acendendo uma a uma as quatro velas, representando assim a chegada, entre nós, do Senhor Jesus, luz do mundo, que dissipa a escuridão. O ato de acender gradativamente as velas significa a progressiva aproximação do Nascimento de Jesus, a progressiva vitória da luz sobre as trevas. Originariamente, a velas eram três de cor roxa e uma de cor rosa, as cores dos domingos do Advento.

Existem diferentes tradições sobre os significados das velas. Uma bastante difundida:
• a primeira vela é do profeta;
• a segunda vela é de Belém;
• a terceira vela é dos pastores;
• a quarta vela é dos anjos.

Outra tradição: Vê-se nas quatro velas as grandes fases da História da Salvação até a chegada de Cristo:
  • A primeira é a vela do perdão concedido a Adão e Eva, que de mortais se tornarão seres viventes em Deus;
  • A segunda é a vela da fé dos patriarcas que creem na promessa da Terra Prometida;
  • A terceira é a vela da alegria de Davi pela sua descendência;
  • A quarta é a vela do ensinamento dos profetas que anunciam a justiça e a paz.

Nesta perspectiva podemos ver nas quatro velas as vindas ou visitas de Deus na história, preparando sua visita ou vinda definitiva no seu Filho Encarnado, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo:
  • O tempo da criação: de Adão e Eva até Noé;
  • O tempo dos patriarcas;
  • O tempo dos reis;
  • O tempo dos profetas.

Quanto à cor das velas, podemos usar: 
     A) Três roxas e uma rosa: A cor roxa é um convite a purificar os nossos corações, para acolher o            Cristo que vem. A cor rosa, no terceiro domingo, é um chamado à alegria, pois o Senhor está               próximo. Detalhes dourados prefiguram a glória do Reino que virá. 

     B) Quatro velas nas cores litúrgicas: Roxa - cor penitencial que lembra o perdão concedido a Adão           e Eva. Vermelha - expressa a fé de Abraão e demais Patriarcas. Branca - simboliza a alegria do           rei Davi que recebeu de Deus a promessa de uma aliança. Verde - recorda os Profetas que                   anunciaram a chegada do Salvador.

    C) Na falta de velas coloridas, podemos usar velas brancas ou amarelas, decorando-as com as cores         das opções anteriores.   


Que a nossa preparação para o Natal de Jesus seja alegre e cristã!



quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Tempo do Advento e Natal: Curiosidades

Advento vem de adventus do latim, que significa vinda, chegada, cujo início se dá próximo a 30 de novembro e termina em 24 de dezembro. Forma unidade com o Natal e a Epifanía.

O Ano Litúrgico começa com o tempo do Advento; um tempo de preparação para a Festa do Natal de Jesus. Este foi o maior acontecimento da História: o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Dignou-se a assumir a nossa humanidade, sem deixar de ser Deus. Esse acontecimento precisa ser preparado e celebrado a cada ano. 


O Tempo do Advento tem dupla característica: sendo um tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que comemoramos a primeira vinda do Filho de Deus entre a humanidade, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, se voltam os corações para a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos. Por esse duplo motivo, o tempo do Advento se apresenta como um tempo de meditação e expectativa da vinda do Messias. Porém, também é um tempo de um tempo de purificação de vida, de oração e de conversão.

O tempo do advento é marcado para cada cristão como a uma experiência da espera. Da Vinda do Senhor, que desce e se encarna em nossa humanidade. Também é um tempo de festa, mas de alegria moderada, quando entramos na terceira semana do advento. Significando que a chegada do Messias está próxima. Vem Senhor Jesus. VEM!

Tempo do Natal
Depois a celebração anual da Páscoa, a comemoração mais venerável para a Igreja é o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações, pois o Natal é um tempo de fé, alegria e acolhimento do Filho de Deus que se fez Homem. O tempo do Natal vai da véspera do Natal de Nosso Senhor até o domingo depois da festa da Epifania, em que se comemora o Batismo de Jesus. No ciclo do Natal são celebradas as festas da Sagrada Família, de Santa Maria, Mãe de Deus e do Batismo de Jesus.

As cores do tempo do Advento é: roxo que é símbolo da penitencia e da conversão. A cor rosa pode ser usada no 3º domingo do Advento e simboliza uma breve pausa, um certo alívio no rigor da penitência na preparação do Advento.

O Branco Simboliza alegria, ressurreição, vitória, pureza. É usada na Páscoa, no Natal, nas solenidades e festas do Senhor, nas festas de Nossa Senhora e dos santos.

E você, como tem vivenciado durante este ano a experiência do mistério da vida de Jesus de Nazaré?


Com adaptações feitas por Ir. Sirley OSR/ SAV
http://www.paroquiadeaquidauana.com.br/index.php?pag=conteudo&secao=anoliturgico
http://wiki.cancaonova.com/index.php/Simbolismo

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Ação de graças

Neste novo tempo que se inicia na nossa Igreja, vamos louvar, agradecer e bendizer por tudo o que vivemos no ano que se passou.

Rezemos juntos e juntas esta oração de ação de graças:

Clique para ver tamanho real

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Final do Ano Litúrgico - Como a Igreja Católica organiza e vive o ano litúrgico?

Querid@ leitor@ desejamos informa-los que chegamos ao fim de mais um Ano Litúrgico na Igreja, louvando e agradecendo ao Deus da vida por tantas dádivas recebidas. E você deve estar se perguntando: “como assim, estamos ainda, em 29 de novembro, e ano não termina no dia 31 de dezembro?” É isso mesmo, para nós Cristãos da Igreja Católica, o Ano Litúrgico é diferente do Ano Cível.

No decorrer do ano celebramos e vivenciamos o mistério da vida de Jesus Cristo, desde a sua Encarnação no ventre da Virgem Maria, passando pelo seu Nascimento, Paixão, Morte, Ressurreição, até a sua Ascensão ao céu e a vinda do Espírito Santo. Enquanto civilmente se comemoram os fatos passados que aconteceram uma vez e não acontecerão mais.

O Ano Litúrgico, além da comemoração vivemos na atualidade, no dia-a-dia de nossas vidas, todos os aspectos da salvação realizada por Cristo Redentor. A celebração dos acontecimentos da Salvação é atualizada e torna-se presente na vida atual de cada cristão batizado e ativo na Igreja, testemunhando a sua fé. Portanto, o mistério maior celebrado neste ciclo é a Encarnação e o nascimento de Jesus, o Filho de Deus (é Natal do Senhor).

O Ano Civil começa em 1º de Janeiro e termina em 31 de Dezembro. Já o Ano LITÚRGICO COMEÇA NO 1º DOMINGO DO ADVENTO, quatro semanas antes do Natal, e termina no sábado anterior a ele, que neste ano é no dia 29 de novembro. Podemos perceber, também, que o Ano Litúrgico está dividido em “Tempos Litúrgicos”. É importante lembrar que o Ano Litúrgico é composto de dias, e que esses são santificados pelas celebrações litúrgicas do povo de Deus, principalmente pelo Sacrifício Eucarístico e pela Liturgia das Horas. Por esses dias serem santificados, eles passam a ser denominados dias litúrgicos. A celebração do Domingo e das Solenidades, porém, começa com as Vésperas (na parte da tarde) do dia anterior.

Dentre os Dias Litúrgicos da semana, no primeiro dia, ou seja, no Domingo (Dia do Senhor), a Igreja celebra o Mistério Pascal de Jesus, obedecendo à tradição dos Apóstolos. Por esse motivo, o Domingo deve ser tido como o principal dia de festa.

Cada rito litúrgico da Igreja Católica tem o seu Calendário Litúrgico próprio, com mais ou menos diferenças em relação ao Calendário Litúrgico do Rito romano, o mais conhecido. No entanto, para todos os ritos litúrgicos é o mesmo significado do Ano litúrgico, assim como a existência dos diversos tempos litúrgicos e das principais festas litúrgicas.

A Igreja estabeleceu, para o Rito romano, uma sequência de leituras bíblicas que se repetem a cada três anos, nos domingos e nas solenidades. As leituras desses dias são divididas em ano A, B e C. No ano A leem-se as leituras do Evangelho de São Mateus; no ano B, o de São Marcos e no ano C, o de São Lucas. Já o Evangelho de São João é reservado para as ocasiões especiais, principalmente as grandes Festas e Solenidades.

Nos dias da semana do Tempo Comum, há leituras diferentes para os anos pares e para os anos ímpares, tirando o Evangelho, que se repete de ano a ano. Deste modo, os católicos, de três em três anos, se acompanharem a liturgia diária, terão lido quase toda a Bíblia.

O Ano Litúrgico da Igreja é assim dividido:
  1. Ciclo da Páscoa
  2. Ciclo do Natal
  3. Tempo comum
  4. Ciclo santoral

Este Ano litúrgico da Igreja tem leituras bíblicas apropriadas para as comemorações de cada santo em particular, perfazendo um total de 161 comemorações. Destas, apenas 10 têm leituras próprias. Aí também estão as 15 solenidades e 25 festas, com leituras obrigatórias, as 64 comemorações necessárias e 94 comemorações facultativas, com leituras opcionais. O Calendário apresenta também 44 leituras referentes à ressurreição de Jesus Cristo, além de diversas leituras para os Santos, Doutores da Igreja, Mártires, Virgens, Pastores e Nossa Senhora.

Tempos litúrgicos
Os tempos litúrgicos existem em toda a Igreja Católica. Possui apenas algumas diferenças entre os vários ritos, especificamente em relação à duração de cada um e à data e importância de determinadas festividades. A descrição que se segue normalmente corresponde ao Rito romano.


Texto com adaptações feitas por Ir. Sirley OSR/ SAV